Baseado num romance de Somerst Maugham (1925), já adaptado em 1934, com Greta Garbo, e em 1957, com Eleanor Parker, “The Painted Veil” tem uma fotografia soberba e mostra-nos a paisagem única dos montes que rodeiam o rio Li, perto de Guilin, na China.
Foi muito agradável rever aquelas paisagens, que visitei há 5 anos, e só é pena que o filme não mostre mais.
A história é um melodrama dos antigos: nos anos 20 do século passado, um médico bacteriologista britânico (Edward Norton), com um casamento falhado com uma menina rica (Naomi Watts), que o engana com um embaixador engatatão, decide castigar-se, a si próprio e í esposa, partindo para a China, para uma localidade onde grassa em epidemia de cólera.
Norton mantém uma postura digna de qualquer inglês puritano, que está lixado com a vida e com o mundo e penso que só se sorri uma vez, em todo o filme. Naomi Watts também interpreta bem o papel de menina mimada, que acaba por se arrepender da frivolidade e admirar o trabalho do marido.
No fim, ele morre e ela fica viúva. É bonito e faz chorar. A banda sonora é interessante, mas daí até ganhar um Globo de Ouro…