Devo ser dos poucos Homo Sapiens que ainda lê jornais todos os dias. Falo de jornais em papel, claro.
Uma coisa que me irrita solenemente é aquilo que considero ser a preguiça jornalística.
Deve ser essa preguiça que leva a títulos destes (no Público de hoje).
Ora, se todos os dias são detidas cinco pessoas, quem será que as liberta para que possam ser presas, novamente, no dia seguinte?
Este erro semântico é sistemático.
Bastaria que o jornalista titulasse assim: “Em média, cinco pessoas por dia são detidas…”
Ou ainda: “Violência doméstica: cinco detidos por dia, em média”.
Outro tipo de título que me irrita é o que encerra erros ortográficos, como este, publicado no Sol de sábado passado.
O Matteo Salvini, além de ser um perigoso direitista, “custumava”?
Do verbo “custumar”?
Que porra de verbo será este?
Como é possível, com os correctores informáticos, continuar a cometer erros destes?
Será que o corrector sublinhou a palavra “custumava” e o Sr. João Campos Rodrigues achou que o corrector estava enganado ou, por outro lado, tão preguiçoso como o colega do Público, nem sequer reviu o texto?
Enfim, eu é que sou chato…