É sempre um prazer ler um livro escrito por alguém que, além de neurologista e psiquiatra, tinha múltiplos interesses, como química e botânica, entre muitos outras disciplinas.
Sacks nasceu em Londres em 1933 e morreu em Manhattan, em 2015, depois de ter sido diagnosticado com metástases hepáticas de um melanoma do olho.
Viveu e fez toda a sua carreira de neurologista em Nova Iorque e escreveu mais de uma dezena de livros.
Este Everything in It”™s Place: First Loves and Last Tales, foi publicado já depois da sua morte e reúne textos dispersos, que saíram no New Yorker, Discover, Three-penny Review e outras publicações.
Os temas são os mais diversos, desde a descrição de uma reunião de amantes de fetos, que os vão observar nas paredes do túnel da Park Avenue, em Manhattan, até várias histórias de doentes com situações neurológicas bizarras, passando por textos sobre química, ginko bilobas, o movimento dos elefantes (será que eles correm ou apenas andam mais depressa?), etc.
Ainda só tinha lido dois livros de Sacks, o inevitável O Homem que Confundiu a Mulher com um Chapéu (1985) e O Tio Tungsténio (2001), mas depois de ler mais este, já tenho ali outro na calha…
(Edição Relógio de ígua, tradução de Marta Mendonça)