Agora as depressões têm nome.
Os serviços meteorológicos de Portugal, Espanha e França, decidiram dar nome í s depressões, como já se faz há muito tempo com os ciclones e tufões, e mesmo com os bebés…
Assim, no princípio do ano faz-se uma lista, por ordem alfabética, alternando um nome feminino com um masculino.
Para 2019 ficou assim: Adrian, Beatriz, Carlos, Diana, Etienne, Flora, Gabriel, Helena, Isaias, Julia, Kyllian, Laura, Miguel, Nicole, Oscar, Patricia, Roberto, Sara, Teo, Vanessa e Walid.
Em primeiro lugar, acho mal não haver tempestades Quevedo, Ursula, Yuri e Zacarias.
Depois, espanta-me que os nomes que estão mais in não estejam representados, caso de Gonçalo, Carlota, Rodrigo, Mateus, Constança, sei lá!…
Neste momento, estamos í espera da Laura. Trata-se de uma depressão centrada a noroeste da Península Ibérica e em deslocamento para nordeste em direcção í s Ilhas Britânicas. Espera-se vento forte e agitação marítima, há possibilidade de chuva intensa e persistente, com perigo de cheias.
Portanto, na minha opinião, estes fenómenos atmosféricos não se deviam chamar depressões.
Associamos depressão a um estado mais ou menos letárgico, em que a adinamia toma conta do corpo, só apetecendo estar quietinho, a um canto, esperando que a crise passe.
Ora, ventos fortes, chuva intensa, ondas enormes, árvores a cair, ruas alagadas, é agitação demais para uma depressão.
É por isso que o nome correcto para estes fenómenos deveria ser crises de pânico.
Assim sendo, tenham cuidado que vem aí a crise de pânico Laura!