George Clooney faz de George Clooney, neste filme muito aclamado porque tenta mostrar que, afinal, a teoria da mochila não funciona para sempre.
Clooney é Ryan Bingham, um tipo cuja função é despedir pessoas. Uma vez que muito patrões não têm tomates para tomar essa decisão, acabam por contratar uma empresa que tem especialistas nessa área. Bingham é um desses especialistas e vive em viagem, entre um e outro aeroporto norte-americano, de hotel para hotel. Dá formações onde mostra que é difícil ser-se livre se, na nossa mochila, temos que introduzir a casa, os móveis, os electrodomésticos, o carro, a mulher e os filhos. A nossa mochila deve estar sempre pronta para zarpar e, com todo esse peso, é impossível partir de um momento para o outro.
Só que Bingham acaba por conhecer uma mulher (Vera Farmiga), que fica muito bem, de costas, toda nua, apenas com uma gravata í cintura. Também ela anda de aeroporto para aeroporto. Os dois acabam na cama mas o desenvolvimento da relação trás uma surpresa desagradável para o teórico da solidão.
Como dizia o meu tio Zé, é bonito e faz chorar, é próprio para mulheres grávidas e pupilos do exército.
No final, Clooney fica a beber o Nespresso sozinho.