Sou sincero: não tenho opinião sobre o milho transgénico. E não tenho opinião porque não estou suficientemente informado.
Por princípio, não me parece correcto transformar geneticamente o pobre do milho, assim como não acho graça nenhuma í quelas experiências de criar galinhas sem penas ou gatos sem pêlos.
Por isso, fiquei um pouco chocado quando vi, na televisão, um homem de 56 anos, quase a chorar, porque uma centena de ambientalistas lhe tinham arrasado a sua plantação de milho transgénico, na herdade da Lameira, em Silves.
“Destruíram o único meio de subsistência que eu tinha… se ceifarem este milho, eu morro í fome” – disse o agricultor.
O objectivo desta acção foi, segundo Guálter Baptista, líder dos ambientalistas: «restabelecer a ordem ecológica, moral e democrática que tem sido constantemente deteriorada pelas políticas da União Europeia e pelo Governo português».
Portanto, para um leigo na matéria, como eu, de um lado temos um agricultor, que viu o produto do seu trabalho destruído e, do outro, um grupo de activistas que acham que estão a salvar o planeta.
Repito: não estou suficientemente informado para tomar uma posição.
No entanto, quando soube que o movimento activista se autodenomina “Verde Eufémia”, dei uma gargalhada amarga.
“Verde Eufémia”?
Por que não “Cunhal Azul-Celeste”?
Vejam lá se crescem!
Esse rapazolas do Verde Eufémia deviam ser responsabilizados pelos actos cometidos. Não passam de uns vândalos, a aposto que a maior parte nem trabalha.
Mas gostam de fumar umas ganzas, e não se importam de cultivar umas cannabis no quintal.
Espero que sejam presos. Se fosse em terreno meu, eram todos corridos í chumbada.
Só neste país se permite que um bando de criminosos pratique estes actos em ser, de imediato, responsabilizado pelos mesmos, de acordo com os Códigos penal e de Processo Penal, que os elementos da GNR dveriam conhecer, cumprir e fazer cumprir.
Aquelas pessoas são apenas criminosas, face í legislação em vigor. O facto de se auto-intitularem “ambientalistas” não os isenta de se comportarem como os cidadãos portugueses. Quanto aos estrangeiros, deveriam ter sido, de imediato, expulsos do país, com a cominação de impedimento de reentrada num prazo suficientemente alargado.
para estes casos, sim, as leis são demasiado brandas; aqui justificar-se-ia a possibilidade de desterro para os paraísos ambientalistas que circundam a Madeira – Desertas e Selvagens – onde poderiam viver com a natureza que tanto amam.
De facto não há alimentos mais estudados que os transgénicos, nestes estudos só não se consegue apurar os efeitos no muito longo prazo,ou seja quais os efeitos daqui a 200 anos no ecossistema e nas populações que consumam OGM, mas no medio prazo, são com uma base cientifica, considerados seguros.
Pode-se e deve-se discutir o uso e a utilidade dos OGM, num planeta assimétrico com excedentes agrícolas que são destruidos ou armazenados para regular preços no mercado global e por outro lado morrem milhares de crianças í fome.
As manifestações são na minha opinião um recurso civil muito sério, não devem ser banalizadas nem descredibilizadas com atitudes fora da lei, que em ultima analise só prejudicam a causa a que querem servir, mas normalmente é o que acontece quando movimentos de pessoas desajustadas e com ideologias extremistas querem “sensibilizar” a sociedade que muitas vezes odeiam.
O BE na pessoa de Miguel Portas, um deputado da nação, deveria ter tido um cuidado especial nas suas declarações, uma coisa é ganhar mais uns votos, outra é apoiar um eco terrorismo “soft”, que nas declarações de Guálter Baptista, usa na essência os mesmos argumentos de grupos terroristas que utilizam a morte com arma de propaganda.
O saber não ocupa lugar!!
Parecer conjunto do Conselho Cacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável / Conselho Económico e Social sobre OGM (2000)
http://www.cnads.pt/docs/ParecerOGM%20Dezemb2000.pdf
Ontem vi na televisão esse “senhor” Guálter Baptista, por amor da santa com aquele aspecto quem lhe dá credibilidade deve andar a arranjar apoios para o doutoramento í custa do dinheiro e do trabalho dos outros porque de certeza que trabalho honesto ele não tem pois e então destroi o dos outros
A histeria relativamente a este caso, só demonstra uma única coisa: Que portugal não é, nunca foi e tão cedo não será um estado democrático.
Muita gente julga que basta um 25 de Abril para de repente um país se tornar democrático (até o próprio ar parece ter um novo cheiro, não é?). A verdade não é essa, e as respostas tanto í esquerda como í direita, que se limitam a gritar – putos ganzados! Terroristas! Atrasados mentais! e afins, apenas demonstram uma larga ignorância do que aconteceu em silves, o que esses jovens realmente fizeram e o que está a acontecer no mundo.
Apenas se recorre í ofensa e í histeria, mostrando a ausência total de hábitos democráticos neste cantinho í beira mar plantado. Jogos de manipulação infantil substituem o que devia ser o real debate de ideias e p´ratica democrática.
Para respostas a este comentário, agradeço que respondam directamente para o meu mail, já que não costumo passar por este blogue.
Obrigado
Eh pá, que o Ricardo-com-kapa ficou tão zangadinho!
O Ricardo enviou novo mail, explicando os malefícios dos OGM e os benefícios da desobediência civil. Trata-se de um verdadeiro panfleto de propaganda, com mais de mil caracteres. Não o coloco aqui por 3 razões: porque é demasiado longo, porque não sou obrigado a ceder espaço para a propaganda dos outros e porque não me apetece.
Ricardo: estás baralhado, pá! Muito baralhado! Se todos os alimentos fossem testados antes de serem introduzidos no mercado, ainda estarias a mamar…
Uhm, não faço qualquer tipo de propaganda.
Já que não pões os textos, fica ao menos a referência onde as pessoas os podem ler.
Vão ao site da indymedia. Estarão algures na coluna í direita.
Artur, essa do mamar é das coisas mais parvas que já li até hoje.
E já agora, para criticares o meu texto… faz uma crítica de facto, não te limites a acusar de panfletarismo.
Obrigado, e aprende a pensar democraticamente e a respeitar as opiniões dos outros.
Está bem Ricardo, obrigado, Ricardo, desculpa, Ricardo, fui mesmo parvo, Ricardo, não fui?
Este é um assunto muito interessante, uma vez que se fala em democracia e falta de debate. Devo dizer que subscrevo a idéia do Saraiva, mas interrogo-me, será aquele agricultor culpado do drama que é haver pessoas a morrer de fome no sul e destruição de excedentes para controle de custos, no norte.
Parece-me que a inquietação e revolta que possa existir, e é legitima, deve ser apontada para outros “culpados”, ou não?
Eco-Imbecis. Esse puto, Gualter não sei quê, candidata-se seriamente a figurar na montra dos mais imbecis de Portugal, ao lado de figuras idiotas tais como Paulo Portas, José Sócrates, Santana Lopes, Mário Lino, jornalistas da TVI, deputados do bloco de esquerda da Madeira,…
Não admira que os Portugueses pensem agora que os transgénicos sejam coisa boa. Estes indivíduos ou queriam fumar as folhas das plantas do milho, ou queriam aparecer na TV armados em heróis, esquecendo-se que havia ali um homem que pouca culpa tinha de ter milho transgénico. Se estivesse no lugar do homem, mandava uns 10 ou 20 imbecis para o hospital, infligindo 1 prejuízo semelhante ao que me causariam.
Quando haverá alguns portugueses inteligentes na arte de fazer política e na arte de reinvidicar??