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{"id":305,"date":"2006-09-16T15:33:56","date_gmt":"2006-09-16T14:33:56","guid":{"rendered":"http:\/\/www.coiso.net\/?p=305"},"modified":"2006-09-16T15:33:56","modified_gmt":"2006-09-16T14:33:56","slug":"sol-um-jornal-novo-mas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.coiso.net\/sol-um-jornal-novo-mas\/","title":{"rendered":"“Sol” – um jornal novo, mas…"},"content":{"rendered":"

Saiu o novo seman\u00e1rio dirigido por Jos\u00e9 Ant\u00f3nio Saraiva. Chama-se Sol e est\u00e1 a ser levado ao colo pela comunica\u00e7\u00e3o social em geral, com refer\u00eancias em todos os telejornais, entrevistas ao director, publicidade agressiva.<\/span><\/p>\n

Sou um dependente de jornais. Ali\u00e1s, sou a \u00fanica pessoa que eu conhe\u00e7o que compra jornais todos<\/strong> os dias desde, pelo menos, h\u00e1 cerca de 30 anos. E sublinho que conhe\u00e7o muitas pessoas.<\/span><\/p>\n

J\u00e1 li o primeiro n\u00famero do Sol e digo, est\u00e1 bem, sa\u00fado o nascimento de um novo seman\u00e1rio que compita com o Expresso, mas<\/em>…<\/span><\/p>\n

Mas<\/em>“, ali\u00e1s, devia ser o nome do novo seman\u00e1rio.<\/span><\/p>\n

Era um bom t\u00edtulo.<\/span><\/p>\n

A conjun\u00e7\u00e3o adversativa “mas<\/em>” define o esp\u00edrito portugu\u00eas.<\/span><\/p>\n

“A vida corre-me bem, mas<\/em> podia ser melhor”, “o tempo est\u00e1 bom, mas<\/em> aposto que vai chover amanh\u00e3”, “a comida est\u00e1 boa, mas<\/em> falta-lhe um pouco de sal”, “o colesterol baixou, mas<\/em> os triglic\u00e9ridos est\u00e3o altos”, “o puto teve boas notas, mas<\/em> ainda n\u00e3o sabe que curso vai seguir”…<\/span><\/p>\n

H\u00e1 sempre um mas<\/em>…<\/span><\/p>\n

E o Sol publica, logo na primeira p\u00e1gina, um Manifesto cheio de mas<\/em>.<\/span><\/p>\n

Vinte e seis mas<\/em>!<\/span><\/p>\n

Diz que \u00e9 “apartid\u00e1rio <\/em>mas n\u00e3o apol\u00edtico, isento <\/em>mas n\u00e3o indiferente, rigoroso <\/em>mas n\u00e3o burocr\u00e1tico, sereno <\/em>mas n\u00e3o amorfo, ponderado <\/em>mas n\u00e3o indeciso, respons\u00e1vel <\/em>mas n\u00e3o previs\u00edvel”,<\/em> etc, etc.<\/span><\/p>\n

Parece que, afinal, os adjectivos, em portugu\u00eas, t\u00eam pouco significado.<\/span><\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 suficiente, por exemplo, dizer que o jornal \u00e9 claro – \u00e9 preciso acrescentar: “<\/em>mas n\u00e3o superficial”.<\/em><\/span><\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 suficiente afirmar que o jornal \u00e9 directo – cumpre sublinhar: “<\/em>mas n\u00e3o simplista”.<\/em><\/span><\/p>\n

Afinal, dizer que o Sol \u00e9 um jornal “irreverente<\/em>” obriga \u00ed\u00a0 frase seguinte: “<\/em>mas n\u00e3o inconsciente”.<\/em><\/span><\/p>\n

N\u00e3o me agrada muito um jornal com tantos mas<\/em>.<\/span><\/p>\n

Mas<\/span><\/em>, afinal, que tipo de jornal \u00e9 este?<\/span><\/p>\n

Desfolhei as suas 96 p\u00e1ginas e quase nada me surpreendeu: as mesmas not\u00edcias sobre a paup\u00e9rrima politiquice nacional, uma sondagem irrelevante sobre quem foi o melhor presidente da rep\u00fablica, um aspecto gr\u00e1fico de gosto muito duvidoso, uma tentativa de agradar a gregos e a troianos, com assuntos muito s\u00e9rios e trivialidades de revista cor-de-rosa, um espa\u00e7o preenchido por Margarida Rebelo Pinto (o que raio ter\u00e1 esta senhora para nos dizer?), uma p\u00e1gina verdadeiramente decepcionante de Marcelo Rebelo de Sousa, escrita como se fosse um blogue (que me interessa a mim o que o Marcelo faz, dia a dia?) – e a primeira p\u00e1gina, ent\u00e3o, \u00e9 mesmo pobre. Como t\u00edtulo-choque, os respons\u00e1veis do Sol escolheram o t\u00edtulo: “Isaltino tem casa apreendida”.<\/em> Quem \u00e9 o Isaltino? Que me interessa a mim que um obscuro presidente da C\u00e2mara de um concelho min\u00fasculo como Oeiras, tenha uma casa apreendida? \u00c9 isto que os respons\u00e1veis do jornal consideram como not\u00edcia que mere\u00e7a a primeira p\u00e1gina do primeiro n\u00famero de um novo seman\u00e1rio que se pretende “surpreendente <\/em>mas n\u00e3o sensacionalista”. <\/em><\/span><\/p>\n

Depois de ter ouvido, na RTP, Marcelo Rebelo de Sousa dizer, no seu coment\u00e1rio semanal, dizer que o objectivo do Seman\u00e1rio era levar Cavaco a primeiro-ministro e ter ouvido, hoje, no Telejornal, o tal Isaltino, dizer que o Sol tem como objectivo levar Marques Mendes a primeiro-ministro, come\u00e7o a desconfiar do nobre intuito de A.J. Saraiva de fundar um jornal que seja uma alternativa ao Expresso. Ali\u00e1s, no seu primeiro editorial, Saraiva ataca a decis\u00e3o do governo de fechar maternidades, dizendo que foi um erro porque o interior vai ficar ainda mais desertificado. Nem uma palavra para o facto de essas maternidades, de facto, n\u00e3o terem as condi\u00e7\u00f5es m\u00ednimas de seguran\u00e7a, nem uma palavra para o facto de n\u00e3o fazer sentido existirem maternidades a distarem 30 ou 50 km, ambas com pouco pessoal, ambas mal equipadas e que \u00e9 muito mais seguro ter apenas uma maternidade bem equipada e com pessoal suficiente. Saraiva n\u00e3o tem autoridade para dar opini\u00f5es sobre uma coisa que desconhece em absoluto!<\/span><\/p>\n

Ser\u00e1 que Saraiva sabe que, se a maternidade n\u00e3o estiver devidamente equipada, aumenta o risco de morte neo-natal e de complica\u00e7\u00f5es graves para a m\u00e3e? Que \u00e9 mais seguro transportar a gr\u00e1vida para um centro devidamente equipado, mesmo que este fique a 50 km do local de resid\u00eancia da futura m\u00e3e? Ou ser\u00e1 que Saraiva pensa, como muitos portugueses, que deve existir uma maternidade em cada aldeia que, como n\u00e3o h\u00e1 obstetras em n\u00famero suficiente (nem nunca haver\u00e1), poder\u00e1 ter, ao servi\u00e7o, uma senhora curiosa, que ajuda ao parto, como tamb\u00e9m ajuda nos abortos?<\/span><\/p>\n

Basta que Saraiva imagine uma gr\u00e1vida que viva na Fonte da Telha e que comece com dores de parto a meio de uma manh\u00e3 de domingo, em Agosto. Ser\u00e1 que ele sabe quanto tempo \u00e9 que essa gr\u00e1vida demorar\u00e1 a chegar ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, tendo que percorrer a estrada at\u00e9 \u00ed\u00a0 Costa da Caparica, cheia de veraneantes, com carros parados nas bermas, tudo entupido. Essa gr\u00e1vida, demorar\u00e1 mais tempo a chegar a Almada do que uma gr\u00e1vida de Elvas demorar\u00e1 a chegar a Badajoz, para parir o seu beb\u00e9. A solu\u00e7\u00e3o ser\u00e1 construir uma maternidade na Fonte da Telha?<\/span><\/p>\n

Em resumo, para primeiro n\u00famero, o Sol desiludiu-me. Claro que, como \u00e9 a primeira vez, pode ser que a coisa melhor. A nossa primeira queca \u00e9, habitualmente, um fracasso e, depois, a gente vai melhorando. O problema \u00e9 que os fundadores deste jornal s\u00e3o j\u00e1 homens batidos. Tinham obriga\u00e7\u00e3o de fazer melhor.<\/span><\/p>\n

Enfim… um novo seman\u00e1rio que, de certo modo, n\u00e3o me entusiasmou… mas<\/em>, para a semana, pode ser que seja melhor…<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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