Aproveitar as f\u00e9rias para ver cinema. Foram 5 filmes de rajada!<\/p>\n

“Casino Royale”, de Martin Campbell<\/span><\/strong><\/p>\n

A\u00ed est\u00e1 o novo James Bond, uma excelente escolha. Daniel Craig \u00e9 elegante, astucioso, frio, sedutor e mau quanto baste.<\/span><\/p>\n

Os filmes do 007 pertencem a uma categoria diferente de filmes. S\u00e3o maus? S\u00e3o bons? S\u00e3o filmes do 007 – e h\u00e1 uns melhores que os outros. <\/span><\/p>\n

Dizer que Sean Connery foi o melhor 007, \u00e9 dizer que n\u00e3o h\u00e1 amor como o primeiro. Claro que, depois, Roger Moore suavizou a imagem do agente secreto, capaz de matar a sangue frio qualquer tipo que se lhe meta \u00ed\u00a0 frente, bem como saltar para cima de qualquer Bond girl que se atravesse no seu caminho.<\/span><\/p>\n

Pierce Brosnan veio fazer a s\u00edntese, do malvado Connery e do elegante Moore. Os outros dois Bonds (Dalton e o outro), nem contam. Foram erros de casting.<\/span><\/p>\n

Daniel Craig est\u00e1 no ponto. Tamb\u00e9m n\u00e3o hesita em atirar-se para a cama de qualquer dama, mas, por vezes, f\u00e1-lo porque isso pode beneficiar a investiga\u00e7\u00e3o em curso. De resto, tem um ar um pouco fac\u00ednora, quando mata os maus, o que me agrada e merece toda a minha simpatia porque aguenta uma cena de tortura que at\u00e9 a mim me doeu, virando-a contra o mau da fita.<\/span><\/p>\n

Os produtores da s\u00e9rie est\u00e3o de parab\u00e9ns: encontraram um sucessor \u00ed\u00a0 altura e o filme aguenta-se muito bem e consegue n\u00e3o cheirar a mofo, o que, hoje em dia, com a competi\u00e7\u00e3o de s\u00e9ries como o 24, n\u00e3o \u00e9 nada f\u00e1cil. <\/span><\/p>\n

“Firewall”, de Richard Loncraine<\/strong><\/p>\n

E aqui est\u00e1 um bom exemplo de um filme de ac\u00e7\u00e3o, que podia muito bem ser uma m\u00edni-s\u00e9rie televisiva. Harrison Ford est\u00e1 velho para estas cenas e n\u00e3o fa\u00e7o ideia como \u00e9 que ele e o Spielberg v\u00e3o resolver o problema do 4\u00ba Indiana Jones – se \u00e9 que ainda est\u00e3o com ideias…<\/span><\/p>\n

O argumento \u00e9 estafado: um bando sequestra a fam\u00edlia de um especialista inform\u00e1tico em seguran\u00e7a banc\u00e1ria (o pr\u00f3prio Ford) e obriga-o a transferir uma data de massa para uma off-shore, caso contr\u00e1rio, a fam\u00edlia morrer\u00e1.<\/span><\/p>\n

\u00c9 tudo mais ou menos previs\u00edvel, n\u00e3o h\u00e1 grandes volte faces e, sinceramente, custa a crer como \u00e9 que um inform\u00e1tico sessent\u00e3o consegue aguentar uma cena de pancadaria com um bandido trint\u00e3o, em plena forma f\u00edsica. <\/span><\/p>\n

“The Matador”, de Richard Shepard<\/strong><\/p>\n

Brosnan j\u00e1 n\u00e3o \u00e9 James Bond, mas \u00e9 dif\u00edcil descolar o r\u00f3tulo. Neste filme, Brosnan n\u00e3o \u00e9 um agente secreto, mas \u00e9 um assassino profissional, que mata por encomenda, estando especializado em empres\u00e1rios.<\/span><\/p>\n

Rodado em tom de com\u00e9dia, o filme mostra-nos como, por mero acaso, a vida deste assassino se cruza com a de um inform\u00e1tico mediano e falhado (Greg Kinnear) e como \u00e9 que, afinal, ele tamb\u00e9m seria capaz de matar, se isso lhe abrisse as portas a um bom neg\u00f3cio.<\/span><\/p>\n

V\u00ea-se mas dispensa-se. <\/span><\/p>\n

“Capote”, de Bennett Miller<\/strong><\/p>\n

Um filme para ganhar o \u00ed\u201cscar. Philip Seymour Hoffman conseguiu o de melhor actor, personificando Truman Capote, com os seus trejeitos efeminados e a sua voz de falsete.<\/span><\/p>\n

Apesar do t\u00edtulo, o filme n\u00e3o \u00e9, de facto, uma biografia de Capote, mas apenas uma narrativa de como o escritor se envolveu com um par de assassinos e, \u00ed\u00a0 sua conta, escreveu o best-seller, “In Cold Blood”.<\/span><\/p>\n

A experi\u00eancia de Capote, na escrita desse livro, mudou a sua vida por completo, de tal modo, que nunca mais publicou nada mas, ao vermos o filme, n\u00e3o conseguimos perceber totalmente a pessoa que ele foi.<\/span><\/p>\n

Claro que temos uma ou outra cena, em que vemos Capote, em ambiente social, muito vaidoso, dando espect\u00e1culo. Tamb\u00e9m \u00e9 verdade que vemos o seu companheiro e percebemos que partilham a mesma casa, mesmo nas f\u00e9rias. Ficamos tamb\u00e9m a saber que Capote foi educado por umas tias. Mas isso \u00e9 pouco para se perceber a pessoa, pelo que o t\u00edtulo do filme deveria ser, por exemplo, “O Assass\u00ednio do Kansas”, ou algo que o valha – j\u00e1 que o filme apenas nos mostra o Capote dessa altura (1959-1964).<\/span><\/p>\n

Palmas para Hoffman, no entanto. <\/span><\/p>\n

“Breakfast on Pluto”, de Neil Jordan<\/strong><\/p>\n

Ora aqui est\u00e1 um filme diferente, luminoso e positivo, apesar da hist\u00f3ria ser tr\u00e1gica como o cara\u00e7as.<\/span><\/p>\n

Na Irlanda profunda, um padre cat\u00f3lico faz um filho \u00ed\u00a0 jovem governanta, que o abandona \u00ed\u00a0 porta da casa do padre (Liam Neeson). O padre entrega o beb\u00e9 aos cuidados de uma megera qualquer. O rapaz (Cillian Murphy) cresce e, desde muito novo que come\u00e7a a sentir-se dentro do corpo errado. Patrick sentia-se Patr\u00edcia, e nela se tornou, apesar das muitas vicissitudes por que teve de passar, num pa\u00eds t\u00e3o conservador e cat\u00f3lico como a Irlanda.<\/span><\/p>\n

Sempre fantasiando a m\u00e3e, que nunca conhecera, Patr\u00edcia parte para Londres, em busca dela. Pelo caminho, cruza-se com uma estrela de rock de segunda classe que, apesar da pose, \u00e9 homossexual, com um m\u00e1gico que o acolhe e que d\u00e1 for\u00e7a \u00ed\u00a0 sua fantasia e at\u00e9 com guerrilheiros do IRA.<\/span><\/p>\n

Acaba por ser apanhado no meio do conflito irland\u00eas, ser preso e torturado pela pol\u00edcia, mas descobre a m\u00e3e e \u00e9 aceite pelo pai. Sempre positivo, quase delirantemente positivo, e nunca abdicando da sua transexualidade.<\/span><\/p>\n

Depois de ter visto “Transamerica”, aqui est\u00e1 um filme sobre o mesmo tema. E como s\u00e3o diferentes as “vers\u00f5es” americana e brit\u00e2nica do mesmo tema!<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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