A s\u00e9rie televisiva ER<\/a>, estreou na NBC, a 19 de Setembro de 1994 e manteve-se durante 15 temporadas; o \u00faltimo epis\u00f3dio foi para o ar a 2 de Abril de 2009.<\/p>\n Crichton morreu de linfoma, um ano antes do final da s\u00e9rie que ele criou, com a ajuda de Steven Spilberg<\/a>, produtor da primeira temporada.<\/p>\n Na verdade, Crichton s\u00f3 escreveu os tr\u00eas primeiros epis\u00f3dios, mas a concep\u00e7\u00e3o de toda a s\u00e9rie \u00e9 de sua autoria: a ac\u00e7\u00e3o decorre nas urg\u00eancias de um hospital p\u00fablico de Chicago<\/a>, onde acorrem todo o tipo de doentes, desde baleados a v\u00edtimas de frieiras.<\/p>\n Por raz\u00f5es pessoais, ER foi a s\u00e9rie televisiva que mais me marcou.<\/p>\n S\u00e9ries de m\u00e9dicos, sempre houve, desde o velho Dr. Kildare<\/a>, ao actual House<\/a>, mas ER \u00e9 a \u00fanica que tem verosimilhan\u00e7a, embora as \u00faltimas temporadas sejam j\u00e1 muito romanceadas, aproximando-se mais do estilo soap opera<\/em>.<\/p>\n Uma das caracter\u00edsticas de ER \u00e9 a sua cinematografia. Um doente chega, transportado numa maca e rodeado de param\u00e9dicos, um deles, encavalitado no doente, fazendo-lhe massagem card\u00edaca; rapidamente, m\u00e9dicos e enfermeiros da urg\u00eancia acercam-se do doente e fazem perguntas r\u00e1pidas, que s\u00e3o respondidas pelos param\u00e9dicos, as circunst\u00e2ncias do acidente e os sinais vitais s\u00e3o relatados em frases curtas e incisivas, um dos m\u00e9dicos d\u00e1 ordens claras e precisas e corre a assistir o pr\u00f3ximo doente, a c\u00e2mara acompanha-o, novo di\u00e1logo r\u00e1pido com outra equipa de param\u00e9dicos e a c\u00e2mara continua a acompanhar o m\u00e9dico que, entretanto, j\u00e1 deu a volta toda ao cen\u00e1rio. A cena decorre sem nenhum corte aparente, o que ainda d\u00e1 mais emo\u00e7\u00e3o \u00ed\u00a0 ac\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Esta maneira de filmar conferiu a muitos epis\u00f3dios do ER mais suspense e emo\u00e7\u00e3o do que muitos filmes de aventuras.<\/p>\n Ao longo de 15 anos, a s\u00e9rie foi perdendo algumas das suas figuras m\u00edticas, a come\u00e7ar pelo pediatra Dr. Ross, interpretado por George Clooney<\/a>. A enfermeira Hathaway, interpretada por Julianna Margulies<\/a> (hoje, a protagonista da s\u00e9rie The Good Wife<\/a>), saiu logo a seguir, mas foi com a sa\u00edda de Mark Green<\/a>, o chefe das urg\u00eancias, que a coisa come\u00e7ou a descambar. Interpretado por Anthony Edwards<\/a>, o Dr. Green era o bonzinho que aguentava todos os conflitos do County Hospital e que tentava sempre o consenso. Morreu com um tumor cerebral em 2002 e deixou a s\u00e9rie mais pobre.<\/p>\n Mas a machadada final foi dada com a sa\u00edda de John Carter<\/a>, que se manteve nas primeiras 11 temporadas. Interpretado por Noah Wyle<\/a>, o Dr. Carter, literalmente, cresceu com a s\u00e9rie.<\/p>\n Wyle tinha 23 anos quando come\u00e7ou a interpretar o papel do estudante de Medicina, John Carter, e saiu da s\u00e9rie j\u00e1 com 34 anos. Voltou na 15\u00c2\u00aa temporada, desgostoso e com insufici\u00eancia renal, coitado…<\/p>\n Nomeada para 124 Emys, ER ganhou 23.<\/p>\n Acabei agora a 15\u00c2\u00aa e \u00faltima temporada e, apesar de j\u00e1 bocejar durante alguns epis\u00f3dios, tenho pena de n\u00e3o poder ver novos epis\u00f3dios de ER.<\/p>\n <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A s\u00e9rie televisiva ER, estreou na NBC, a 19 de Setembro de 1994 e manteve-se durante 15 temporadas; o \u00faltimo epis\u00f3dio foi para o ar a 2 de Abril de 2009. 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