N\u00e3o conhe\u00e7o a Maria Jo\u00e3o Bastos, n\u00e3o me lembro de a ter visto alguma vez, quer ao vivo, quer no \u00e9cran e se passasse por ela na rua, n\u00e3o a reconheceria – e tenho a certeza que ela tamb\u00e9m n\u00e3o me conhece…<\/p>\n

No entanto, no passado s\u00e1bado, ao folhear a revista Tabu, que sai com o seman\u00e1rio Sol, reparei em algumas p\u00e1ginas dedicadas a uma entrevista a essa tal Maria Jo\u00e3o Bastos.<\/p>\n

N\u00e3o tive pachorra para ler a entrevista, mas as pequenas caixas que acompanhavam as fotografias da actriz chamaram-me a aten\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Um tipo l\u00ea uma dessas caixas, fica t\u00e3o surpreendido com o que est\u00e1 a ler que decide ler as restantes.<\/p>\n

E s\u00f3 pela leitura das caixas ficamos a saber qu\u00e3o dura e dif\u00edcil tem sido a vida de Maria Jo\u00e3o Bastos.<\/p>\n

Comecemos pela primeira caixa, que diz: \u00c2\u00abEm Equador<\/em>, foi uma mulher de alta sociedade com um amor proibido. Teve aulas de ingl\u00eas, equita\u00e7\u00e3o e valsa\u00c2\u00bb.<\/p>\n

Parab\u00e9ns para ti, Maria Jo\u00e3o! Passaste a saber falar ingl\u00eas, dan\u00e7ar o Dan\u00fabio Azul<\/em> e, o que \u00e9 mais importante, aprendeste a montar, que \u00e9 uma coisa que d\u00e1 sempre jeito…<\/p>\n

Passemos a outra caixa, mais surpreendente: \u00c2\u00abA menina selvagem de A Flor do Mar<\/em> levou-a a passar um dia a observar macacos e uma semana no mato\u00c2\u00bb.<\/p>\n

H\u00e1 quem v\u00e1 pentear macacos, a Maria Jo\u00e3o foi observ\u00e1-los. Um dia inteiro, coitada da rapariga! E uma semana inteira no mato tamb\u00e9m deve ter sido uma grande espiga. Em que mato ter\u00e1 sido? Ou ter\u00e1 sido mata?…<\/p>\n

Adiante. Terceira caixa: \u00c2\u00abEm Mist\u00e9rios de Lisboa<\/em>, enquanto interpretou esta mulher sofrida, s\u00f3 usou perfume de alfazema\u00c2\u00bb.<\/p>\n

Muito deve ter sofrido a Maria Jo\u00e3o, pobrezinha! Ela que est\u00e1 habituada ao Jimmy Choo, ao J’Adore, ao Channel n\u00ba5, s\u00f3 cheirava a alfazema!<\/p>\n

Quarta caixa: \u00c2\u00abA estrela de Destinos Cruzados<\/em>, int\u00e9rprete de Pancadinhas de Amor<\/em>, obrigou-a a ter aulas de canto e dan\u00e7a\u00c2\u00bb.<\/p>\n

Nesta altura, a mo\u00e7a j\u00e1 sabe montar, valsar, falar ingl\u00eas, imitar macacos, cantar e dan\u00e7ar. Ufa!<\/p>\n

Mas h\u00e1 mais: \u00c2\u00abPara dar vida \u00ed\u00a0 criminosa da s\u00e9rie Bairro<\/em>, fez treinos bi-di\u00e1rios de gin\u00e1sio, teve aulas de tiro e frequentou o Bairro Padre Cruz\u00c2\u00bb.<\/p>\n

Vejam l\u00e1 se a vida da Maria Jo\u00e3o n\u00e3o \u00e9 uma estafa: treinos bi-di\u00e1rios! E teve aulas de tiro o que, pelos vistos, a preparou para frequentar o Bairro Padre Cruz porque, como se sabe, para frequentar aquele bairro \u00e9 preciso saber usar uma arma!<\/p>\n

Interrogo-me: como ter\u00e1 a Maria Jo\u00e3o frequentado o Bairro Padre Cruz? Subiu e desceu a rua principal algumas vezes, ro\u00e7ou o cu pelas esquinas, deu umas voltas de carro?… Mist\u00e9rio…<\/p>\n

\u00ed\u0161ltima caixa e a mais dolorosa: \u00c2\u00abNo filme Giacomo Variations<\/em>, protagoniza uma cena ao lado de John Malkovich que a obrigou a estar 24 horas sem atender o telefone, apenas a ver filmes do actor\u00c2\u00bb.<\/p>\n

Caramba! Um dia inteiro sem atender o telefone! Uma verdadeira tortura! N\u00e3o sei o que ser\u00e1 mais dif\u00edcil: usar s\u00f3 alfazema, estar um dia inteiro a observar macacos ou passar 24 horas sem atender o telefone!<\/p>\n

Mas uma coisa \u00e9 certa: h\u00e1 vidas muito dif\u00edceis, porra!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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