O jornalismo tabl\u00f3ide passou a ser a regra.<\/p>\n
Em todos os assuntos, procura-se o acess\u00f3rio, o mexerico.<\/p>\n
No caso da nova epidemia do sarampo, como disse o ministro da Sa\u00fade, a opini\u00e3o est\u00e1 a ganhar \u00ed\u00a0 Ci\u00eancia.<\/p>\n
Ah, eu sou contra as vacinas! Porqu\u00ea? Porque acho que causam autismo…<\/p>\n
Acho.<\/p>\n
\u00c9 uma quest\u00e3o de achar que deita para o lixo d\u00e9cadas de estudos.<\/p>\n
Ouvi na RTP uma senhora, adepta da macrobi\u00f3tica, que era contra as vacinas porque uma m\u00e9dica de medicina tradicional chinesa lhe tinha dito que as vacinas n\u00e3o eram seguras. Por causa do merc\u00fario.<\/p>\n
Mais uma vez, um achismo.<\/p>\n
A tal m\u00e9dica que, por ser de medicina tradicional chinesa deve ser especial, achava que as vacinas n\u00e3o eram seguras…<\/p>\n
E ent\u00e3o, a tal senhora, n\u00e3o vacinou a filha – tamb\u00e9m porque quer uma vida sem qu\u00edmicos.<\/p>\n
Sem oxig\u00e9nio, s\u00edmbolo qu\u00edmico O2, ou \u00e1gua, s\u00edmbolo qu\u00edmico H2O, presumo.<\/p>\n
Os jornalistas, em geral (acredito em excep\u00e7\u00f5es), est\u00e3o mal informados, o que \u00e9 um contrassenso (acordo ortogr\u00e1fico de 1990).<\/p>\n
No que respeita, por exemplo, \u00ed\u00a0 jovem de 17 anos que faleceu, v\u00edtima da epidemia de sarampo, o Expresso diz que a m\u00e3e da jovem, depois de a filha ter feito uma reac\u00e7\u00e3o anafil\u00e1tica a uma vacina (difteria, t\u00e9tano e tosse convulsa) decidiu n\u00e3o vacinar nenhuma das irm\u00e3s mais novas, hoje com 5 e 12 anos.<\/p>\n