Este segundo volume da trilogia “Millenium” é mais fraco que o primeiro.
Stieg Larsson, o tal escritor sueco que entregou estes três calhamaços para publicação e, depois, morreu de ataque cardíaco, enche algumas páginas com “palha”, conversa mole, em que nada acontece, como este naco:
“Dormiu até quase ao meio-dia. Quando acordou, decidiu que era mais do que tempo de mudar os lençóis. Passou a tarde de sábado a limpar o apartamento. Levou o lixo para fora e juntou os jornais em dois sacos de plástico que deixou no papelão. Fez uma máquina de roupa interior e t-shirts, e a seguir outra de jeans. Encheu a máquina de lavar loiça e pí´-la a funcionar. Finalmente, aspirou e lavou o cão. í€s nove da noite, estava encharcada em suor. Preparou um banho, com montes de espuma. Recostou-se na banheira e fechou os olhos, para pensar. Acordou í meia-noite, e a água estava fria. Secou-se e foi para a cama. Adormeceu quase instantaneamente.”
Sabendo que a senhora que fez todas estas coisas é a “hacker” Lisbeth Salander, perita em artes marciais e capaz de torturar bandidos e dar tiros a calmeirões, soa um bocado a falso e conversa para encher chouriços.
O outro herói, continua a ser o super-jornalista Mikael Blomkvist e, neste 2º livro da trilogia, o tema é tráfico de mulheres.
Sinceramente, quase que não me apetece ler o 3º volume…
Leia! O terceiro é bem melhor que o segundo!
Já comecei a ler
O título original é “a rapariga que brinca com o fogo”, mas o editor quis ser criativo…
Gostei muito dos 3 livros, são daqueles de ficar a ler de seguida até acabar, é um suspense muito moderno, muito interventivo e com muito sumo, ou seja uma excelente história e muito bem contada.
Claro que ele faz render o peixe e tem uns 50 personagens supérfluos para embelezar a história. E faz estas descrições de actividades quotidianas, como aquilo que comeram ao pequeno-almoço, tipo Enid Blyton, mas eu pessoalmente gosto do género.
O filme também é muito bom, não me admirava que viesse mais um ou dois com o resto da história.
O Larsson morreu, helas, pq a Lisbeth ainda é nova e tinha muito para dar!
Gostava de partilhar do teu entusiasmo mas, enfim, parece-me um pouco literatura de aeroporto – embora de um bom aeroporto…
Meu caro FT. O editor não quis nada ser criativo. Para sua informação, o título a que ele se refere é relativa í versão portuguesa.
Descontextualize qualquer autor da forma como você fez e verá sempre enchimentos de linguiça. “A Rapariga…” é uma montanha russa de emoções que me fez devorar 600 páginas em 3 dias. Genial.
Wrong! Leia “Leite Derramado”, de Chico Buarque. Não tem uma vírgula a mais. Quantidade nem sempre é qualidade. Leia mais livros e concordará comigo…