Ao contrário de Woody Allen, Clint Eastwood está a ficar cada vez melhor com a idade.
Quem se lembra de Eastwood como realizador e actor de “Bronco Billy” (1980), para já não falar dos cromos que ele compí´s para os western spaguetti?
Há já alguns anos que Eastwood se tornou num dos realizadores mais “clássicos”, no sentido clássico do termo, passe a redundância.
Em “Changeling”, conta-se a história verídica de uma mãe solteira (Angelina Jolie) cujo filho, de cerca de 9 anos, foi raptado por um psicopata, posteriormente acusado e condenado í morte pelo assassínio de diversas crianças.
A polícia de Los Angeles, que naqueles anos 30 do século passado, tinha fama de corrupta, incapaz de encontrar a criança, e estando sob o foco da comunicação social, arranja um outro rapaz e tenta convencer a mulher a aceitá-lo como sendo o seu filho. Como ela se recusa, interna-a num asilo psiquiátrico, considerando-a paranóica.
O filme, sempre num registo documental, contido, mostra-nos como os direitos das mulheres eram praticamente inexistentes naqueles tempos, mesmo numa sociedade aparentemente tão liberal como a norte-americana.
Vale a pena ver.