Fertilidade é sempre muita coisa, toneladas, aos montes, à brava, em abundância, para dar e vender, de sobra, em excesso, catadupas.
Fertilidade é um beijo hoje e gémeos nove meses depois.
Fertilidade é abrir, com uma única chave, todas as portas.
Fertilidade é Mozart.
Fertilidade é cuspir na terra e fazer nascer um faval.
As origens da fertilidade perdem-se nos tempos sem idade do nevoeiro da História.
Tudo começou com duas irmãs, provavelmente gregas: Ester e Ferter.
Ester e Ferter deitaram-se com o mesmo homem, Alfredo de Seu Nome.
Alfredo de Seu Nome era o reprodutor por excelência. Setenta por cento dos habitantes de Penopoulos era filho de Alfredo de Seu Nome.
Por isso, Ester e Ferter com ele se deitaram, uma de cada vez, noite sim, noite não, durante 31 dias.
Três meses depois, Alfredo de Seu Nome olhou para o ventre de Ester e apenas viu o umbigo. Olhou então para o ventre de Ferter e viu-o globoso, com a pele esticada, lustrosa, sob tensão.
Os meses passaram e enquanto o ventre de Ester permanecia liso e chato, o de Ferter crescia de uma maneira preocupante.
Nove meses passaram e o corpo de Ester não deitou ao mundo nada que não tivesse deitado antes.
Pelo contrário, Ferter deu à luz sete filhos – mais tarde conhecidos como os sete magníficos: Yul Breyner, Charles Bronson, Steve McQueen, Eli Wallach, Robert Vaughn e mais dois.
Foi assim que, de Ester veio a esterilidade e de Ferter, o filme de John Sturges, com a duração aproximada de 127 minutos, já disponível em vídeo.