Provavelmente, a vacina contra o cancro do colo do útero já não vai começar a ser administrada em Setembro/Outubro, como estava previsto.
Duas vacinas concorreram ao concurso público: uma, da Smith/Kline, é activa contra as duas estirpes mais frequentes do vírus do papiloma e é mais barata; a outra, da Sanofi/Pasteur, é activa contra 4 estirpes e é mais cara. O júri do concurso público escolheu a mais barata. A Sanofi/Pasteur apresentou uma providência cautelar e a decisão do concurso ficou suspensa.
Quer dizer: até que os tribunais decidam, nenhuma miúda pode ser vacinada contra o vírus do papiloma humano, em Portugal.
Não estás de acordo com as aulas de substituição? Providência cautelar.
És contra o túnel do Marquês? Providência cautelar.
Não aceitas a co-inceneração? Providência cautelar.
Não aceitas que te desçam de divisão porque és acusado de influenciar árbitros? Providência cautelar.
Não gostas do prédio que estão a construir em frente í tua casa? Providência cautelar.
Os juízes conseguem influenciar a política de saúde, de educação, de obras públicas, do desporto…
Eleger deputados, para quê?!
Não seria mais democraticamente importante eleger os juízes?
O senhor “Coiso” nao passa de isso mesmo, é um ignorante em termos medicos e de vacinas, espero que as suas filhas se forem vacinadas com a vacinas que cobre so 2 tipos, não venham a ter outro tipo de lesoes provocadas pelos 2 tipos adicionais da vacina quadrivalente. Informe-se primeiro e só depois escreva, a inteligencia serve para isso mesmo.
Meu caro Stinger: a tua estupidez não tem, de facto, limites. Em 1º lugar, sou médico há 30 anos (não me escondo atrás de pseudónimos) e sei do que estou a falar; em 2º lugar, a minha crítica vai em outra direcção: um juiz decide suspender uma vacina por razões administrativas! um juiz suspende a construção de uma barragem por razões administrativas! um juiz suspende a co-inceneração por razões administrativas! Será que tu, minha grande besta, não percebes isto?
Tenho uma filha e tenho cerca de 2 mil utentes na minha lista e aconselho as “minhas” adolescentes a serem vacinadas. Ao contrário de ti – que, provavelmente és um burocrata da indústria farmacêutica – eu lido com pessoas reais, algumas delas com cancro do colo do útero. Quero ajudar a combater essa doença – mas não preciso da “ajuda” dos juizes!
Pois é, o artigo, pegando nas vacinas, alertava para o verdadeiro escandalo que são as providências cautelares no funcionamento da justiça, tal como é possível, hoje em dia, utilizá-las.
Era de justiça, ou de falta dela, que se falava!
É estranho que quem apela í inteligência, não se tenha apercebido disso. Porque será que fiquei com a sensação que a carteira lhe toldou o descernimento.