PÃO COMANTEIGA - 1988
Março – mês da Abundância
Programa nº 1 – 5 Março 1988
Frases
* Na batalha de Ourique, Afonso Henriques gritou: “Em
frente, meus bravos!” – facto histórico
ou grito histérico?
(A Capital – 24.3.88)
* Quando ela deu o braço ao namorado, ele ficou
com três.
(A Capital – 24.3.88)
* Era uma criança transcendente... até tinha
medo do obscuro...
(A Capital – 24.3.88)
* A única atitude correcta é a da dúvida
permanente. Ou não será?...
* O grande problema do Homem Invisível era o odor
corporal.
Programa nº 2 – 12 Março 1988
Se...
Se a segunda-feira se chamasse quarta-feira, a véspera
de quarta-feira seria o domingo. No entanto, se o domingo
fosse o nome de quarta-feira, terça-feira seria a
véspera de domingo e, consequentemente, a antevéspera
seria a quarta-feira.
No caso do domingo se chamar Clotilde, sábado fosse
terebentina e feira passasse a porta e porca, alternadamente,
os dias da semana seriam:
- segunda-porta, terça-porca, quarta-porta, quinta-porca,
sexta-porta, terebentina e clotilde.
Neste caso, o Pão Comanteiga seria às terebentinas
de manhã, das 10 às 13, no FM da Rádio
Comercial.
A menos que rádio fosse bário e comercial,
industrial; e ainda se 10 fosse pés e 13, vezes,
ao mesmo tempo que pão era sábado e manteiga,
estômago.
Assim, teríamos Sábado com estômago,
às terebentinas, dos pés às vezes,
no Bário Industrial.
E eu não sou maluco...
Multipliquemo-nos
Alguém disse: “crescei e multiplicai-vos”.
Multipliquemo-nos, então – e multipliquemos
tudo o que está à nossa volta.
Fica determinado que, a partir de hoje:
- nos relógios, os quartos de horas passam a valer
60 minutos
- nas casas, os quartos passam a ser unidades
- no futebol, o meio campo passa a ser de baliza a baliza
- nas igrejas, em vez do terço, se rezem três
terços
- na geografia, os hemisférios sejam esférios
- na música, a semibreve seja o mais breve possível
- na política, o hemiciclo seja um ciclo total
- e que, nas pernas, em vez de meias, se calcem todas.
Duplo
Era uma pessoa abastada.
Vivia à grande e dava-se ao luxo de ter tudo a dobrar:
duas casas, dois carros, duplo emprego e ambos os sexos.
Tinha dois companheiros e duas companheiras e vários
filhos, todos gémeos.
O whisky, só bebia duplo; o café, também
duplo. Prato preferido, a dobrada, claro, e sempre em dose
reforçada.
Aliás, gostava de dobrar as esquinas e desdobrava-se
no seu dia a dia, conseguindo estar em dois locais ao mesmo
tempo.
Só ouvia música em estereofonia, era ambidestro
e bilingue.
Em tempos fora duplo de cinema, mas depois adquiriu dupla
nacionalidade e dedicou-se ao jogo, dobrando todas as apostas.
Afinal, veio a descobrir-se que era agente duplo, ganhava
por dois carrinhos, passando informações para
os dois lados.
Tiveram que o assassinar duas vezes.
Top Ten
1º Luis Braille nunca disse “não batas
mais no ceguinho”
2º Ângelo Correia não é ministro
3º A lula não é carne nem peixe
4º O primeiro nome de Salazar não era Oliveira
5º Tenho qualquer coisa a picar-me na coxa esquerda
6º Escrever a metro é igual ao litro
7º O suicídio é o assassínio narcisista
8º A idade da obesidade mede-se em quilos
9º É fácil tornar difícil aquilo
que, por si só, já não é nada
fácil
10º Esmagar moscas não é uma actividade
aconselhada pelo Instituto Português de Cinema
(A Capital – 31.3.88)
Uma família fértil
Maria e José casaram cedo.
Oito da manhã.
Luisa e Manuel também.
Pertenciam a famílias numerosas e férteis.
Bastava que José olhasse para Maria, para que esta
engravidasse; e Luisa chegava a ficar de esperanças
só por sentir o cheiro de Manuel.
Em 12 anos de harmoniosa união, Maria e José
concluíram 12 filhos, a saber: Adalgisa, Artoliano,
Blandina, Candelário, Donzília, Egipciano,
Hirondina, Isanrindo, Jazelina, Laranjo, Mirtília
e Natário.
Em 12 anos de pacata vida em comum, Luisa e Manuel completaram
12 rebentos, a saber: Lacínio, Melânia, Nabonassar,
Petrolina, Quartim, Rutília, Sardanapalo, Tomásia,
Urbino, Ganimedes, Hugolino e Cunegundes.
Maria e José, Luisa e Manuel, eram grandes amigos.
Por isso era natural que os filhos brincassem juntos e,
em breve, despertassem algumas paixões.
À medida que o tempo passava, os casamentos sucediam-se:
Adalgisa com Lacínio, Artoliano com Melânia,
Blandina com Nabonassar, Candelário com Petrolina,
Donzília com Quartim, Egipciano com Rutília,
Hirondina com Sardanapalo, Isaurindo com Tomásia,
Jazelina com Urbino, Laranjo com Ganimedes, Mirtília
com Hugolino e Natário com Cunegundes.
No primeiro ano, tudo correu bem.
De cada casal formado, novo rebento nasceu: Arquimino, Aspásia,
Astrigildo, Aracelso, Acidália, Amarília,
Asanero, Artúlio, Artemisa, Arquimiano, Alicinda
e Arcides.
Maria e José, Luisa e Manuel estavam felizes. A sua
prole parecia ser tão fértil como eles próprios
que, entretanto, já haviam produzido mais descendência:
Hostílio, Giordano, Floriberto, Isménia, Ínsua,
Mirandolino, Juvêncio, Ludomiro, Melícia, Prosérpina,
Pureza e Sáraga.
No entanto, ao longo do 2º ano, nada aconteceu.
A traição pairava no ar e o futuro da família
estava em perigo.
Depressa se descobriu que Lacínio deixara de se interessar
por Adalgisa, preferindo Melânia, e que Adalgisa tinha
um fraco por Artoliano que, por sua vez, fazia olhinhos
a Blandina, o que não preocupava Nabonassar, que
arrastava a asa a Donzília, enquanto Quartim se encontrava
furtivamente com Egipciano e Rutília com Hirondina,
para grande espanto de Isaurindo que, farto de Tomásia,
procurava os favores de Jazelina, que lhos facultava nos
dias pares, enquanto nos ímpares recebia Laranjo,
sem que Ganimedes se preocupasse, já que tinha Hugolino
para a consolar.
Só Natário e Cunegundes se mantinham fiéis,
procriando a bom ritmo: Assuero, Corália, Claudemil,
Isolino, Hilberto, Mavilde e Nataniel.
Depois, de súbito, Adalgiza deu á luz um belo
rapaz. No meio de tanta confusão, foi impossível
determinar a paternidade.
Chamaram-lhe Claudia Isabel e não se falou mais nisso....
Programa nº 3 – 19 Março 1988
Dicionário de símbolos
– Fertilidade
Fertilidade é sempre muita coisa, toneladas, aos
montes, à brava, em abundância, para dar e
vender, de sobra, em excesso, catadupas.
Fertilidade é um beijo hoje e gémeos nove
meses depois.
Fertilidade é abrir, com uma única chave,
todas as portas.
Fertilidade é Mozart.
Fertilidade é cuspir na terra e fazer nascer um faval.
As origens da fertilidade perdem-se nos tempos sem idade
do nevoeiro da História.
Tudo começou com duas irmãs, provavelmente
gregas: Ester e Ferter.
Ester e Ferter deitaram-se ccom o mesmo homem, Alfredo de
Seu Nome.
Alfredo de Seu Nome era o reprodutor por excelência.
Setenta por cento dos habitantes de Penapoulos era filho
de Alfredo de seu Nome.
Por isso, Ester e Ferter com ele se deitaram, uma de cada
vez, noite sim, noite não, durante 31 dias.
Três meses depois, Alfredo de Seu Nome olhou para
o ventre de Ester e apenas viu o umbigo. Olhou então
para o ventre de Ferter e viu-o globoso, com a pele esticada,
lustrosa, sob tensão.
Os meses passaram e enquanto o ventre de Ester permanecia
liso e chato, o de Ferter crescia de uma maneira preocupante.
Nove meses passaram e o corpo de Ester não deitou
nada ao mundo que não tivesse deitado antes.
Pelo contrário, Ferter deu á luz sete filhos
– mais tarde conhecidos pelos sete magníficos:
Yul Breyner, Charles Bronson, Steve McQueen, Eli Wallach,
Robert Vaughn e mais dois.
Foi assim que, de Ester veio a esterilidade e de Ferter,
o filme de John Sturges, com a duração aproximada
de 127 minutos, já disponível em vídeo.
(A Capital – 7.4.88)
Coleccionismo – a abundância
de semelhantes
Quem colecciona selos dedica-se à filatelia. Quem
colecciona moedas é um numismata. Um filuminista,
colecciona carteiras e caixas de fósforos.
Mas – e as outras colecções?
O vocabulário português que, dizem, é
tão rico, falha neste capítulo.
E é o Pão Comanteiga, mais uma vez, que, neste
Ciclo da Abundância, sugere a designação
a utilizar para determinadas colecções que,
sendo mais raras, não deixam por isso de ser menos
frequentes.
Os comerciantes que coleccionam fregueses dedicam-se à
freguesia. Ninharia será uma colecção
de ninhos. Uma colecção de pás será
uma padaria. Quem se dedicar á colecção
de pneus, organizará uma pneumonia.
Por esta ordem de ideias, teremos: poesia – colecção
de pós; portaria – colecção de
portas; primazia – colecção de primas;
valentia – colecção de vales; vistoria
– colecção de vistos.
Um coleccionador que junte namoradas chamadas Alexandra,
dedica-se á alexandria. E outro, cujas namoradas
sejam todas Ana, dedicar-se-á à anatomia.
Uma colecção de arte seria uma artilharia.
Uma colecção de engenhos, uma engenharia.
Patologia seria uma colecção de patos. Uma
colecção de velhas, uma velharia. Uma colecção
de rádios, uma radiologia.
Finalmente, um cidadão que colecciona porcos, dedica-se
à porcaria.
Programa nº 4 – 26 Março 1988
Atenção
maioria esmagadora!
Mas afinal de contas, o que vem a ser isto?!... têm
uma das maiorisa mais esmagadoras da Europa – tão
esmagadora que isto até parece um regime de partido
único – e não a aproveitam?!
Não estamos em posição de desperdiçar
esta oportunidade, talvez única!
Atenção governo! Aproveitem a maioria esmagadora!
Será que cabe na cabeça de algum ministro
a existência de uma única auto-estrada Lisboa-Porto?
Então e a livre concorrência?
Para que servem, afinal, os concursos públicos?
Então e as empresas privadas, aí à
espera de estímulo?... E os empresários empreendedores
com o capital parado, à espera de uma oportunidade?
Há que aproveitar a maioria esmagadora e abrir um
concurso público para a construção
de mais auto-estradas Lisboa-Porto e – pormenor muito
importante – auto-estradas Porto-Lisboa. Quem vai
ao Porto de auto-estrada gosta de regressar de auto-estrada!
Cada empresa apresentará a sua proposta, que deverá
contemplar o traçado da auto-estrada, número
de faixas de rodagem e custo da respectiva portagem.
Caso duas empresas apresentem traçados sobreponíveis,
o governo considerará a hipótese da construção
de auto-estradas sobre pilares. Até dava um ar estado-unidense
à coisa...
Qual é?... Aproveitem a maioria esmagadora, caramba!
Em breve teríamos diversas auto-estradas paralelas,
aéreas e subterrâneas, que poderiam ocupar
toda a extensão do território continental
e ilhas.
Transformemos Portugal numa imensa auto-estrada!
Afinal, para que é que serve ter uma maioria esmagadora?
Aqui fica a nossa sugestão, à consideração
do governo.
Fornecemos gratuitamente fotocópias deste projecto
(dsenhos incluídos) a qualquer ministro ou secretário
de Estado que tal o solicite, bastando enviar carta registada
para “Pão Comanteiga – Rua Sampaio Pina,
26, Lisboa”. Máximo sigilo.
Percam a timidez. Alguns colegas vossos já nos escreveram...
(A Capital – 24.3.88)
Excertos de um diário
- curtas prensagens de um diário aprontado no infólio
de um autor sinónimo
2 de Primeiro
há duas coisas que não suporting. Uma velas
é o cheiro de uma bela. Quando a electricidade malta,
não há outra afirmativa senão apreender
uma bela. É sempre com arrogância que encosto
o fósforo ao espavento e lhe pego jogo. Poucos terceiros
depois, já o cheiro evade a escala e sinto-me nauseado.
Apesar disso, faço um reforço e tento entreter:
pego na maleta e olho o papel pavio... a transpiração
falta-me e faltam-me também as palavras... acabo
por resistir, pagar a bela e ir para a rama... É
um dia fendido.
A outra coisa que não suporting é a chuva
miudinha, aquela que chamam de “molha-bolos”.
Nesses pias, sinto-me reprimido e tento não sair
de rasa. Mas se, por qualquer furtivo, sou obrigado a sair
– para comprar cão, por exemplo – é
sempre com os molhos semi-censurados, como se a chuva não
me pagasse na mesma. Dentro de sim, minto qualquer coisa
que me obriga a deixar a cabaça e avançar
assim – como se fora descascar um inimigo.
Masltidas belas!... maldita chuva molha-bolos!... se não
fossem noz, poderia ser um homem petiz!
Nota do emissor: o diário aprontado, encontra-se
proscrito pela própria não do autor. Por esse
furtivo, algumas palavras são inatingíveis,
o que se repreende. De qualquer engodo, o emissor enseja
ausentar as suas desculpas e pedir a insolência do
leitor.
(A Capital – 24.3.88)
Artigo de fundo
Há trigo no fundo
Há perigo no mundo
Ou – finalmente! – a explicação
cabal de tudo o que não necessita de ser explicado
Ou ainda – como a abundância de meios justifica
a escassez de princípios
Aque com vir.
Es creverum teis todeste tamanho para (escute e olhe) juste
e ficar o pré enche e mento do resto da segue unda
pá Gina (onde estás tu que não te vejo
há séculos?), é uma i dei-a biz arra!
Porisso – e porque me do em os pés –
de cedi, em nome de Deus Pai – dar um tom (mate, Jones,
Waits, Jobim) de avant-garde ou de temoignage verité,
orto grafando de modo novo.
O modo de orto grafar é seme lhante ao medo de a
grafar, sobretudo quando.
A lilás, não percebes (mexilhão, lambujinhas)
onde está a dife e culdade. Com tantas pal Avras
no disse e o nário, com a a Bunda ânsia de
substante ivos e adjectivos, qual é?
Afirmativo!
É para isso que ser vem as pal Avras, além
demais que há diante. Se verá. De pois. Alter
asse a ponto acção uma virgula. Em vês
(bem filho?) de um ponto fi. Nal, e vice-rei e as linhas
vão-se forma. Ando (pouco... devia fazer mais exercício...)
A pouco.
E pouco, o e Ditor e Al ganha corpo e, neste momento: o
leitor (não acne Dito que haja mais do que um) per
sebeu que está... A ser leva do e que. Aqui não
vai em contrar nata de útil, a não ser (ou
não ser...), talvez (quem sabe?), o número
de tele Fone da Guarda Fiscal (1).
Um grande bem haja para todos.
Pelo Pão Comanteiga
Sebastião José de Carvalho e Melo, conde Redondo
(1) 84 93 63
(A Capital –24.3.88)
Jorge Pinho – o candidato
Portugeses! Portuguesas! Povo deste nosso querido Bangla
Desh!
Aqui estou eu, Jorge Pinho, o homem de lés a lés,
para servir o país de corpo inteiro – o homem
que promete o que cumpre!
Quem ergueu a voz a favor da passagem da Marinha Grande
a cidade? Quem deu a última papavvra na guerra das
pescas contra Castela? Quem teve a ideia do Prémio
Nacional da Música? Quem cerrou barreiras em redor
do Palácio Júlio de Matos, evitando a sua
transformação em ministério da saúde?
Quem?
A resposta a todas estas perguntas é apenas uma:
não sei!
Mas sei que a luta vai ser dura!
Já o granda Mahatma Ghandi dizia. E se ele dizia
é porque era verdade – ou não tivesse
sido ele o inventor das fraldas descartáveis!
Mas a Rua Morais Soares não pode continuar assim,
queridos confrades!
Ainda recentemente, numa das minhas visitas de trabalho,
verifiquei que existiam diversos prédios sem elevador.
E foi com muita mágoa que não consegui entregar
panfletos do 2º andar para cima.
Por isso, proponho a criação imediata da Comissão
para a Instalação de Elevadores em Todos os
Prédios da Morais Soares – a CIDETOPREMOS.
A CIDETOPREMOS saberá mostrar ao engenheiro Machado
de Assis – esse Presidente da Câmara desatento
– a necessidade de elevar o nível daquela rua
que, de um só fôlego, nos trnasporta do Chile
ao Alto de S. João.
E já agora, companheiros, por que não um S.
João baixo? O que têm os municipes contra os
santos baixinhos? Quem disse que S. João era alto?
Baixemos S. João já!
Coloquemos essse santo de origem nortenha ao nível
de um Santo António, ou mesmo de dois S. Pedros!
Quando for eleito, tudo mudará, a começar
por mim – que conto instalar-me com a minha esposa
e filhos, na Torre de Belém, de onde poderei ficar
a ver navios com muito mais dignidade!
Votai, pois, em Jorge Pinho – votar em Pinho não
é votar sozinho!
Jorge Pinho é o candidato bonzinho!
Todos pelo Pinho – todos contra o tabopan!
O pinho é natural não uma espécie de
mistura adulterada de serradura e desperdício de
outras madeiras!
Gritai bem alto: o meu votozinho vai para Jorge Pinho!
Falei!
Norma para a desadesão
à CEE
A adesão à CEE foi difícil. No entanto,
a desadesão é canja!
Sempre atento aos desejos das minorias esmagadoras, Pão
Comanteiga revela hoje mais uma medida que deverá
ser tomada para se conseguir uma rápida desadesão.
Considerando que o inglês é, praticamente,
a língua oficial da CEE, propomos que os nomes dos
nossos políticos e figuras públicas sejam
adaptados ao idioma de Shakespeare.
Assim, diríamos que o 1º ministro se chama Chat
Smith e que a ministra da saúde se chama Eleanor
Beauty.
Seguindo o mesmo raciocínio, António Capucho
seria Anthony Franciscan Friar; Torres Couto seria Towers
Covert; Alberto João Jardim seria Albert John Garden,
Eduardo Carneiro seria Edward Sheep, e assim sucessivamente.
A princípio, a CEE até acharia piada.
Mas quando lhe disséssemos que o presidente dos Açores
se chamava Motorcycle Amaral e que o nosso ministro dos
Negócios Estrangeiros dava pelo nome de John God
Pinetree, saíamos da CEE at once!...
(A Capital – 7.4.88)
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