Paciente – doente que tem paciência
para esperar horas pelo médico.
Paço – o mesmo que passo,
mas mal escrito.
Pacote – pequeno embrulho ou maço
que, quando é entregue a um grupo de trabalhadores,
toma o nome de pacote laboral; também pode ser uma
ordinarice – exemplo: “leva no saco plástico
ou prefere levar no pacote?”
Pacóbvio – sujeito que, obviamente,
é “saloio”.
Padaria – tipografia onde o Pão
Comanteiga é feito.
Padescer – sofrer de certo mal apenas
ao transitar por uma escada abaixo; se, por acaso, as escadas
foram de betão, diz-se padescimento.
Padrão – padre de grandes
dimensões, esculpido em pedra, que os navegantes
erguiam nas terras descobertas; quando tinham apenas 100
centímetros de altura, chamavam-se metro-padrão.
Padre-cura – se o padre cura e o
médico sara, o padre sara e o médico cura?
Pai – o mesmo que mãe, mas
do sexo masculino.
Paiol – diz-se do pai quando está
tão zangado que parece poder explodir de um momento
para o outro.
Paisagistmo – aquele que estuda a
paisagem das penínsulas naquela zona... já
perceberam?
Paixoneta – crime de incesto caracterizado
por um avô ter uma paixão, mesmo que morigerada,
pela neta.
Paladrar – diz-se quando o cão
ladra sempre que prova algum osso.
Palavrão – anticonstitucionalissimamente,
porra!
Palerma – continue a ler este dicionário...
Palermice (ler palermaice) – ratos
palermas, em inglês.
Palhaço – abreviatura de palha
de aço; alimento dos burros de metal, isto é,
dos computadores estúpidos.
Palhassada – arde...
Palheiro – local onde os jovens camponeses
iam procurar uma agulha e acabavam num deboche naturalista.
Palma – acto de roubar o espírito.
Palmada – é ponde se vai depois
de atravessar a ponte sobre o Tejo, virando à direita,
depois do desvio para a Costa da Caparica.
Palmilhar – acto de penitência
inglesa que consiste em percorrer milhas a pé, descalço;
tem uma variante continental: palquilometrar.
Palpistante – estante que anda sempre
aos pulinhos e é uma chatice para manter os livros
nas prateleiras.
Palpite – neste momento você
está a coçar o ouvido (acertei?)
Pampa – parte de uma canção
que é assim: “pampa-pa-pa—plim...”
Panasqueira – nome de uma mina de
volfrâmio que, ainda hoje, faz rir os putos do liceu.
Panfolheto – panfleto mais sofisticado.
Panico – penico mal escrito.
Panificação – local
onde se fazem os penicos mal escritos.
Pantomineiro – operário que
trabalha em longas galerias, debaixo da terra, e não
saca nem uma graminha de minério.
Papa – apetecido alimento que a Joana
não há meio de comer, a ateia!
Papeira – doença inventada
por um Sumo Pontífice da antiguidade.
Paquete – espécie de navio
a quem mandamos comprar tabaco à papelaria da esquina.
Paquiderme – elefante sofisticado.
Par – escute e olhe!
Párabola – vê a colocação
dos seus companheiros e cruza para a boca da baliza.
Pára-brisas – o mesmo que
cuecas.
Parada – estranho fenómeno
militar que se pode explicar assim: os gajos estão
parados mas desfilam, canudo!
Paradoxo – amo-te e, no entanto,
gosto de ti!
Parafuso – prego que é uma
maluca.
Paralelas – linhas que devem causar
uma confusão do caneco no infinito.
Parapeito – soutien.
Para-quedas – para quedas, o melhor
é o ortopedista.
Parênteses – (pai, mãe,
filho, filha, avô, avó, tio, tia)
Parlamentar – lastimar a hora em
que se elegeu aquele gajo para a Assembleia.
Parrir – dar à luz à
gargalhada.
Pároco – sacerdote sem nada
dentro.
Parque – terreno extenso, cheio de
relvinha e arbustos, inventado por Eduardo VII.
Parreira – loja onde Adão
comprava a roupa.
Partido – não se rale! Agora
há colas do caraças!
Passa- agora que o polícia está
de costas!
Patrulha – grupo de soldados que
são os primeiros a ser abatidos pelo inimigo.
Pausa –
Pecado – é o que há
de melhor no mundo e quem disser o contrário, que
vá para o inferno!
Pechincha – bola barata.
Pechisbeque – aportuguesamento da
palavra inglesa “pexisback”, que significa “jogador
reles que joga à defesa”.
Pedagogia – pequeno exemplo: “Ruizinho,
meu amor, diga lá devagarinho e com calma, quantos
são 5 vezes 4, senão levas um puxão
de orelhas e uma cacetada nesses cornos, meu granda burro!”
Pediatra – médico especialista
em pés e que nos quer convencer que percebe alguma
coisa de crianças.
Pedido – posso ir lá fora
fazer chi-chi?
Peixe – estranho animal que não
tem o corpo coberto de pêlos, não respira por
pulmões, não mama quando pequeno e nem sequer
asas tem.
Pele – parte do corpo humano que
fica por baixo da roupa.
Pelotão – diz-se do calmeirão
todo nu.
Penico – pânico mal escrito.
Peniscilina – pomada inventada pelo
Dr. Fleming para por na pilinha.
Penso – logo estanco!
Pepino – breve figura histórica.
Percevejo – insecto que se vê
logo o que é.
Perfeito – eu!
Perfumar – encher o ar de fumo.
Persiana – habitante da Pérsia.
Pertenente – oficial de exército
que está sempre a fazer perguntas oportunas.
Peru – país onde toda a gente
se embebeda pelo natal.
Pestilento – cheira mal e, ainda
por cima, não é veloz.
Piada – sanita cheia de graça.
Piloso – senhole que tem um holível
gosto pala se vestile.
Plebexcitar – perguntar à
plebe toda, através de voto secreto, o que pensa
do sexo.
Pluralista – grande quantidade de
números de telefone registados num livro encadernado,
e onde constam desde os números do comunista mais
ortodoxo ao mais retinto reaça.
Polivalente – indivíduo corajoso
que tanto parte a cara a um latagão como deixa em
fanicos o mais atrevido lingrinhas.
Pompa – senhora, amiga da Circunstância;
andam sempre juntas.
Poupança – local onde está
o ganho.
Predicado – indivíduo sem
personalidade que não tem outro remédio que
não seja concordar com o sujeito.
Precepúcio – passagem profunda
e abismal onde caem as cabeças das pilinhas (francamente!)
Profiaxila – o mesmo que desodorizante.
Propanogandista – senhor que faz
publicidade ao gás de cidade.
Prudente – o mesmo que dente do sizo.
Psicanalista – especialista que,
interpretando os sonhos dos seus clientes e através
de outros truques semelhantes, tenta perceber alguma coisa
de si próprio.
Putassa – desinfectante usado pelas
prostitutas.
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