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O Coiso
Memórias de um fumador
50 anos de história


20. Cartas de Além Tejo (1980)

A correspondência de e para Mourão, não foi tão rica como a de Moimenta. O isolamento era muito menor, a distância até Lisboa muito mais fácil de transpor, pelo que recebíamos frequentemente a visita da família e dos amigos e, nós próprios, íamos à capital com mais regularidade.
Por exemplo, no que respeita a cinema, conseguimos não perder os filmes mais importantes: “All That Jazz”, do Bob Fosse, “American Giggolo”, do Paul Schrader, “American Graffiti “ e “Starwars”, do Georges Lucas, “Apocalipse Now!”, do Coppola, “Bananas”, “O Herói do Ano 2000” e “Manhattan” do Woody Allen, “Barry Lindon”, do Kubrick, “Kramer vs Kramer”, do Robert Benton, “A Vida de Brian”, dos Monthy Pyton, “O Homem da Maratona”, do John Schlessinger e, finalmente, “Startrek” – o filme. O realizador era o Robert Wise mas isso pouco importava – o que importava era ver o capitão Kirk, o Mister Spock e toda aquela cambada em tamanho gigante, na tela do cinema Eden. Startrek era uma série de culto para todos nós e tentávamos não perder um episódio na televisão; espantava-nos a seriedade de todas aquelas personagens (o Scott, o Bones, a tenente Uhura…) sentados num cenário a fingir de nave espacial Enterprise, enfrentando os perigos do espaço.
No que respeita a livros, completei as obras do Eça de Queiroz, continuei a leitura em voz alta dos livros do Miller, continuei a comprar livrinhos policiais da colecção Vampiro (destaque para Georges Simenon) e comecei a interessar-me por alguma ficção científica, nomeadamente, o Asimov.
Outras curiosidades, antes de avançar para a correspondência:
Não há relação médico-doente sem prendinhas. Pouco tempo depois de chegarmos a Mourão, começaram os presentes dos nossos doentes. O primeiro, ficou registado no meu álbum de recordações e foi oferecido pela Antónia Couceiro: um rançoso, que é um doce tipicamente alentejano. No que respeita a doces daquela zona, recordo ainda a encharcada, uma mistela com muito açúcar e que fazia as delícias de toda a gente, menos as minhas; sempre detestei doces e sempre fui dizendo que, se algum dia for diabético, é a prova provada que Deus não existe…
Mais curiosidades:
- duas noites no Hostal Capitol, em Sevilha, nós os quatro e ainda o Jorge e a Luisa – mil e seiscentas pesetas;
- num fim de semana em Lisboa, em Junho, gastámos quase catorze contos em compras várias: sapatos cá para o rapaz – 257 escudos; dois contos e oitocentos numa fritadeira; 85 escudos em aguarelas para a Marta; 400 escudos numa camisa para a Mila: 170 escudos em carrinhos para o Pedro, etc, etc.;
- em Agosto, duas pessoas podiam ir ao Restaurante Framar, em Vila Viçosa, e almoçar bem por 312 escudos, incluindo um gin tónico, queijo, pão, azeitonas, dois pratos de carne, um doce, dois cafés e um brandy;
- em Setembro, seis recrutas das Forças Armadas (em parvas) conseguiam jantar javali no Restaurante O Cortiço, perto das Caldas da Rainha, por mil e quinhentos escudos, incluindo vinho, cerveja, cafés e licores;
- em Novembro, quatro pessoas podiam ir à Sanozama, na Almirante Reis, comer sapateira e beber muita cerveja, por mil e duzentos escudos;
- um par de colunas com três altifalantes, marca JVC, custavam menos de vinte contos.
E vamos às cartas de Além Tejo:
Logo no dia 6 de Fevereiro, escrevi ao Zé e Mizé, dizendo:

“Mais ou menos instalados, ainda com muita confusão. Hoje à tarde, nos jardins senhoriais do nosso palacete, reuniram-se os médicos de Reguengos e Mourão, para discutir os serviços de urgência. Hoje também, o marceneiro da Câmara veio ver o que há para fazer: cadeiras partidas, pernas de guarda vestidos descoladas, lâmpadas fundidas, vidros partidos e uma grade para as escadas que dão para o terraço.”

O marceneiro era o mestre Xico. Além da grade que impedia que as crianças mais pequenas subissem inadvertidamente as escadas que davam para o tal terraço, construiu-nos uma excelente estante – conhecida, entre nós, como “o móvel do mestre Xico” – que serviu para livros, primeiro, depois para cassetes de vídeo e, agora, está em casa do Pedro e da Dalila; o mesmo mestre, ainda nos fez uma excelente casinha de bonecas, com três pisos e sótão, com a qual a Marta brincou durante anos e anos e que ainda aí está, quase como peça de museu. No que respeita a brincadeiras, penso que os nossos filhos não se podem queixar – sempre tentámos fazer por eles aquilo que gostaríamos que pudessem ter feito por nós. Nesse sentido, no hall do casarão de Mourão, lá instalámos uma grande placa de aparite em cima de dois apoios, onde os putos podiam brincar com Lego, com os carrinhos e com o comboio eléctrico Lima, que fomos comprando a pouco e pouco.
Outro dos divertimentos mouranenses eram as vacadas, uma espécie de tourada mas com vacas. Nunca gostei da chamada festa brava mas, em Roma, sê romano e fomos assistir à vacada de Carnaval, organizada pelos bombeiros. Escrevi assim:

“A vacada bombeiral foi um espectáculo: chuva a potes, lama a rodos, bombeiros (mal) mascarados e vaquinhas, ou melhor, bezerros, que no fim da refrega quase que eram levados ao colo para os curros. Distinguiu-se o Samuel, um guardador de vacas já nosso conhecido dos passeios até à albufeira, que fez questão de pegar todas as vacas, de se rebolar na lama, dar beijinhos aos bichos e outras provas de valentia. Assistimos à vacada de um dos soit disant camarotes da praça e os putos acharam muita piada, sobretudo quando os valente forcados (ou forçados?) eram atirados à lama pelas vaquinhas.”


A Marta, em Mourão, com 4 aninhos, exibindo a sua dentadura e o bibe do Infantário da Câmara.

Até a Marta – que hoje nem quer ouvir falar em touradas – se divertia com as vacadas e, também, com a matança do porco. Assistiu, pelo menos, a uma dessas cenas medievais, em casa de uns amiguinhos que moravam na casa em frente à nossa e, que eu saiba, não ficou muito impressionada. Ou terá ficado?...
A 23 de Fevereiro, em carta para os meus irmãos, congratulava o Paulo por – ele sim! – se ter livrado da tropa e fazia mais algumas descrições interessantes da sociedade mouranense. Transcrevo:

“Assim vai a vida em Mourão, terra onde ninguém ralha e ninguém tem razão, onde há bom vinho e excelente pão, onde um bicho com quatro patas é invariavelmente um cão, onde as estrelas assumem nova dimensão, onde existem inúmeros trabalhadores ávidos de exploração, e há pessoas a favor e outras não, velhinhos com doenças do coração, um taberneiro sem uma mão, um guarda fiscal que é cabrão, cada casa tem um portão, cada rosa um botão, cada sanita um sifão, cada nota um cifrão, cada cantiga um refrão. Primeiro que tudo, felicitemos o jovem Ghozé Pablito, distinto arqueozoólogoendocrinologista que, graças ao rol de maleitas de que sofre, se escapou brilhantemente de servir a Pátria, através do Serviço Militar Obrigatório, perdendo assim uma excelente oportunidade de ser útil à Nação, de se transformar, ainda que transitoriamente, num glorioso filho do povo em armas, de defender intransigentemente a Constituição e, quem sabe, de conquistar, quiçá – sim quiçá! – a troco da própria vida ou da vida dos outros, uma lindíssima condecoração, que o paizinho guardaria, com os olhos rasos de água, numa vitrina com luzes indirectas, exibindo-a às visitas, ao mesmo tempo que, escorrendo saliva pelos cantos da boca (também conhecidos por comissuras), contaria a odisseia, epopeia, melopeia, geleia ou centopeia do querido filho que, já com a farda verde esperança manchada de sangue, se arrastou para além das linhas inimigas, numa tentativa desesperada de partir os dentes ao general contrário, que sofria de halitose e cheirava mal dos sovacos. Aguardamos ansiosamente um relato pormenorizado desse feito glorioso (referimo-nos obviamente ao episódio que conduziu ao carimbo: “inapto”).
(…) Claro que não farei a lista do que não há em Mourão. Seria longa e fastidiosa. Não há, por exemplo, uma papelaria digna desse nome: há uma loja, do sr. Joaquim Arranhado, que é primo do Carapêncio e cunhado do Serrano Destapado, cuja tia, a Dona Suzana Suzano, se amantizou com o Manuel Chaparro, amigo do Chilreta, loja essa que vende cartolina, lápis, borrachas, presunto e batatas fritas Pála-Pála.”

Esta brincadeira com os nomes alentejanos foi dando pano para mangas e até cheguei a fazer uma lista (adoro listas!) com os nomes mais engraçados que fui encontrando, como a Rosa Maria Pila, o Hugo Pila Couto, o Francisco Passinhas, Maria Balbina Dragão Lavadinho Cordeiro, Luis Neto do Bem, Paula Carrapato Bibiu, Emilio Canelas Pastor, Mário Guedeilha Serigado, Etelvina Morcela, Manuel Crujeira Cenrado, Guilherme Manchinha Sardinha…
Em Março, já tinha mobilizado o Presidente da Câmara, para ver se o gajo movia influências para me livrar da tropa e escrevi assim, para o Zé e Mizé:

“E viva a direita! Viva a AD! Viva pim! O Presidente da Câmara de Mourão, que é do PSD, decidiu tomar a peito a minha requisição civil, pelo que vai levar o meu pedido ao Pinto Balsemão, ao Chefe do Estado Maior do Exército e a quem for preciso, porque o concelho necessita da minha colaboração. Pelo que, se isto não resultar, mais nada resulta!”

Claro que não resultou e eu não dei o passo que faltava e que talvez ajudasse a que a tal requisição civil se concretizasse: aderir ao PSD e candidatar-me a um cargo autárquico qualquer. Tinha sido trigo limpo, mas as minhas angústias teriam sido, certamente, muito maiores!…
Ainda na mesma carta:

“A integração social continua: enquanto a Marta passeia pela casa das vizinhas (que, morem onde morem, se chamam sempre Rosa), o Pedro vai reinar com o Jorge Ratão, que é o filho da empregada, que também se chama Rosa, claro, e nós passeamos com o António Manuel e a… Rosa, óbvio.”

Em Junho recebi uma carta do Paulo que dizia:

“Contei ao pai que, no Verão, vou trabalhar para França. Disse-me ele, na qualidade de chefe de família, que eu fizesse o que bem me apetecesse. Ele não está de acordo, como era de esperar, e disse ainda que, se eu saísse de ao pé dele, não mais voltava. Não estou preocupado com o facto. Duas coisas me preocupam somente: a Bela e o dinheiro. Quanto à Bela, fico com pena de ela ter de o aturar…”

O meu pai tinha já nova namorada e pensava em casar. A senhora em questão não caía nas graças de ninguém, a não ser do Zé Couto, pelos vistos. O meu irmão, a caminho dos 21 anos, estava a ficar farto. Enfim, as coisas do costume… mas eu, aflitinho com a aproximação da recruta, nem me preocupei muito com a situação. O espectro da guerra ocupava-me quase por completo.
Foi no dia 1 de Setembro que mudei de estado: de civil para militar e as seis horríveis semanas de recruta serão descritas no capítulo seguinte.
Foi também em Setembro que nasceu o irmão da Joana, o André que, segundo o Zé, “é desesperantemente igual à Joana quando tinha a mesma idade”. Foi ainda por essa altura que o nosso senhorio do Algueirão começou a rondar a casa; baseando-se no facto do arrendatário nunca estar presente (o aluguer da casa estava só no meu nome, claro) e do filho ter regressado do Brasil com o estatuto de emigrante, foi dizendo que precisava da casa de volta. E nós sem termos a certeza de nada: ficar em Mourão ou regressar. Às tantas, voltávamos e já não tínhamos casa nenhuma!…
Também não se pode dizer que não tentámos tudo para ficar em Mourão.
Em Outubro, enviei uma carta ao Presidente da Comissão de Gestão dos Serviços Médico-Sociais de Évora, em que dizia:

“Conto ser colocado no Hospital Militar de Évora por volta de 14 de Novembro próximo. Neste caso, tinha todas as possibilidades de recomeçar o meu trabalho em Mourão.
Que esse trabalho é necessário, atestam-no o número de consultas efectuadas. Vinha, pois, oferecer os meus préstimos aos SMS, aguardando um parecer favorável da Comissão de Gestão.”

Nem favorável, nem desfavorável. As autoridades nunca estiveram, de facto, preocupadas com a fixação de médicos na província. E depois, admiram-se…
Outro exemplo: em Novembro, eu e a Mila enviámos uma carta à Câmara Municipal de Mourão, em que dizíamos, a dado passo:

“ Pretendíamos que a Câmara Municipal nos alugasse a residência onde actualmente habitamos – uma vez que não queremos continuar a co-habitar com outros médicos que eventualmente venham, no próximo ano, prestar serviço em Mourão.
Salientamos que o problema da habitação e a sua solução satisfatória, é condição essencial para a nossa fixação neste concelho.”

Também levámos raspas. A Câmara Municipal queria que nós continuássemos em Mourão mas, provavelmente, a partilhar a casa com os novos médicos que chegassem. Ainda se falou em reconstruir as águas furtadas da Misericórdia de Mourão e enfiar lá o Dr. Artur e a Dra. Emilia, com respectivos meninos, mas nada passou do papel… Voltamos para o Algueirão?
Com problemas de habitação, andavam também o Zé e a Mizé. Em Novembro, compraram um andar na Rebelva. Acabava, assim, a Cooperativa Buques e Smites… Voltamos para o Algueirão e ficamos a usufruir a casa toda, com seis contos de renda para pagar?
Em Dezembro, outro facto muda a tendência: começo a trabalhar na Misericórdia de Mourão e num consultório na Amareleja, nas três semanas mensais em que não estou no Hospital Militar. Descrevo tudo numa carta ao Paulo e à Bela:

“Talvez já tenham percebido que só vou à tropa uma semana por mês; é que somos quatro aspirantes médicos e como o mês tem quatro semanas, cada um faz uma semana; durante toda essa semana estou 24 horas/dia de serviço, o que quer dizer que sou obrigado a estar sempre na Messe ou arredores, para o caso de aparecer algum soldadinho ferido, coitadinho… Mas o mais frequente é estar todo o santo dia sem nada fazer o que, às tantas, é uma xaropada das antigas.
O trabalho na Misericórdia começou no passado dia 2 de Dezembro. Tenho trabalhado pouco porque os camponeses andam à azeitona, pelo que estão a guardar o fim da saison para caírem doentes – vai daí, tenho visto um ou dois doentes por dia o que, a seis contos por mês, não é mau... (os doentes, como já disse, só pagavam vinte escudos pela consulta).
No dia 2 de Janeiro, vou começar outro tacho; há um tipo na Amareleja, parecido com o tio Zé. Pois o Manel – é esta a sua graça – tem um lar de idosos em Lisboa; o Dr. Monteiro (destacado dirigente associativo dos anos sessenta, membro do PC, claro, preso pela Pide, expulso do PC, blá, blá…) ia a esse lar ver os velhinhos e dar-lhes xaropinhos para a tossinha (cof, cofzinho). Então o Manel disse-lhe ó doutor por que não vai para a Amareleja fazer consultas, eu monto-lhe o consultório, compro todo o material necessário e vai ser do caraças! O Monteiro foi, e levou a mulher e dois filhos gémeos, que nasceram no mesmo dia (coincidências…) Começou a fazer consultas e era um ver se te avias, com a sala de espera sempre cheia de doentinhos, e comprou electrocardiógrafo, aparelho de radioscopia, esfingmomanómetro dos que fazem pi-pi quando a tensão está alta, acendem uma luz vermelha e dizem cuidado pá senão pifas! Estava a ficar rico e o Manel não via um tuste – é que ele tinham combinado fifeti-fifeti, os doentes pagavam 400, 200 pró médecin e 200 pró manager; mas o Monteiro meteu-se na pinga, cada vez se empielava com mais convicção e não pagou um chavo ao esperto. Entretanto este, que achava que um lar de idosos, um pronto a vestir, uma herdade, várias casas e um consultório ainda era pouco, montou uma farmácia e foi a Santa Comba Dão buscar uma farmacêutica desempregada: assim, o doutor receitava, a farmacêutica vendia os remédios e o Manel sacava uma renda do doutor, uma renda da farmacêutica e, se calhar, ainda a papava à noite, na herdade; note-se que o doutor e a farmacêutica vestiam-se no pronto a vestir do Manel – só vantagens! Mas o clínico cada vez se embebedava mais e mandava os doentes bugiar, acabou por fugir para parte incerta, sem nunca ter pago nada ao pobre do Manel, que ficou a carpir as mágoas com a farmacêutica que, sem médico, passou a vender metade dos remédios que vendia. É aí que o Manel resolve voltar-se para outro negócio: comprar as bombas de gasolina de Mourão e é nesta simpática vila que toma conhecimento de que há um médico à boa vida. É aqui que, finalmente, eu entro. Começo em Janeiro, três vezes por semana vou à Amareleja, ao consultório do Manel, fazer consultas”

Com todos estes tachos, ficamos em Mourão?…
O negócio da Amareleja, no entanto, revelou-se um fiasco. Só lá fui três ou quatro vezes e devo ter visto três doentes, no máximo! Pelos vistos, o tal Monteiro tinha-os curado a todos!
No dia 9 de Janeiro de 1981, escrevo isto para o Zé e Mizé:

“Chegados ao dia 9, faltando 21 dias para terminar o SMP, continuamos sem saber se ficamos por cá ou se temos que regressar a Lisboa. No fim, vai ser um fartar de rir: vocês vão para o vosso andar e nós regressamos para o Algueirão e ocupamos a casa toda. Não faço ideia de quem é que se vai fartar de rir, mas enfim…”

Nesse mesmo dia, o Dr. Tito dá o seu parecer desfavorável à continuação da Mila em Mourão, alegando que o concelho dispõe, já, de três médicos residentes: ele próprio, o Dr. Ravasco (um homem com mais de 70 anos, reformado, e que fazia meia dúzia de consultas particulares) e eu!
Por outras palavras: como eu também residia em Mourão, o que aumentava o número de médicos residentes para três, não havia razão para a minha mulher lá continuar, pelo que se devia ir embora. Ora, se ela se fosse embora, adivinhem quem ia com ela? Eu, claro. Logo, ficariam apenas dois médicos residentes; mas, como o pobre do Dr. Ravasco praticamente não exercia, quem ficaria, novamente, como único médico residente em Mourão: o Dr. Tito, evidentemente!
No dia seguinte, de um momento para o outro, metemos o essencial no Fiat e regressámos ao Algueirão.

 

 





 

 

 



Próximo capítulo: 21. A Tropa Fandanga (1980)

 

Actualizado em: 8 Junho 2003
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