Sábado, 22 (outra vez)
23h 20 – Descendo para o Tahiti
São 9h 20 do dia seguinte, em Portugal, 13h 20 no
Quénia, 18h 50 na Índia, 23h 20 em Sydney.
Que confusão! Estamos a descer em direcção
ao Tahiti, para aterrar no aeroporto de Papeete.
Domingo, 23 (outra vez)
1h 00 – A caminho de La Moorea
Estamos a bordo do catamaran que nos vai levar a La Moorea,
a ilha onde dormiremos duas noites. O calor é abrasador,
com muita humidade.
9h 00 – À beira do Pacífico
Chegámos ao nosso bungalow pelas 2 da manhã
e ficámos encantados com a coisa: a ventoínha
a rodar, o mosquiteiro, a cama king size. Comemos umas bolachas
e deitámo-nos, com o concerto dos insectos em fundo,
bem como alguns galos que teimavam em anunciar um alvorecer
precoce. Às 6 da manhã já estávamos
a pé. Duche. Bom pequeno-almoço e ala para
a praia, que fica logo ali. As águas calmas do Pacífico,
guardadas pela cintura de corais, límpidas e quentes.
Azul-turquesa até aos corais; azul escuro, depois.
Fomos logo para dentro de água. Qualidade de vida
é isto! E nem há muito mais a escrever: apenas
desfrutar o sol, que até nem é muito quente
e o oceano, que é mesmo pacífico.
A Mila, á porta do bungalow 318 do Sofitel La
Ora, em La Moorea
Uma hora depois, o oceano está mais azul-turquesa
e o sol mais quente. Já tomámos mais banhos
que nos dois últimos anos, em Portugal.
Deitadinho, à sombra de uma árvore que parece
uma figueira, vou lendo um livro da Ruth Rendell; mas leio
aos solavancos. De vez em quando paro, só para olhar
para o oceano, a rebentação das ondas lá
ao longe, na cintura de corais. A praia vai-se enchendo
de turistas, mas há lugar para todos.
16h 20 – Depois do almoço
Banhos e mais banhos, relaxando à sombra da figueira.
Já falámos com os nossos filhos, comprámos
alguns souvenirs e escrevemos postais para a família
e colegas. Agora, preparamo-nos para um fim de tarde na
praia.
18h 15 – Por do sol na praia
O sol já se pôs e, na praia, além de
nós, apenas mais cinco pessoas. Aqui, escurece cedo
e já quase não tenho luz para escrever. Estivemos
a ler, cada um, o seu livro da Ruth, com uma soneca de permeio.
Tirámos uma foto com a cadeira da praia dentro de
água e, ao fundo, a ilha Tahiti, toda alaranjada
pelo sol poente.
Isto é que é qualidade de vida!
O sol já se pôs; ao fundo, o Tahiti; e
nós, sentados no Pacífico
Segunda, 24
7h 00 – Nascer do sol no Pacífico
Acordámos às 6 da manhã, depois de
uma noite bem dormida. Lá fora, os sacanas dos galos
cantam há que tempos. Não havia necessidade.
Os insectos já eram suficientes para o ruído
incessante mas, enquanto o deles é um ruído
“calmante”, o dos galos é irritante.
Apetecia ir lá fora e estrangulá-los.
Hoje, o dia está nublado e o sol ainda não
surgiu detrás das nuvens. Vamos ficar aqui, na praia,
mais uma duas horas e, depois, partir para Papeete.
9h 00 – Uma chuvada subtropical
E para o quadro ficar completo, assistimos a uma chuvada
subtropical. De súbtio, começou a chover e
ninguém se mexeu, na praia. Notei que a água
da chuva era ligeiramente mais fria que a água do
Pacífico. Cinco minutos depois, formou-se um arco-íris
perfeito, desde os bungalows até ao topo do vulcão
que domina a ilha. O quadro paradisíaco ficou completo.
Tomámos mais uns banhos, fotografámos peixinhos,
que nadam mesmo junto à praia (e alguns morderam
turistas incautos) e agora estamos sentados no alpendre,
esperando pelas 10h, para regressarmos ao Tahiti, para uma
curta visita da cidade e almoço.
18h 45 – Visita de Papeete
Às 10 h da manhã, saímos do Sofitel
la Ora para o catamaran e atravessámos o Pacífico,
no tombadilho, fotografando os vários cambiantes
de azul do oceano. Seguiu-se uma curta visita de Papeete,
capital do Tahiti: muita vegetação, muitos
coqueiros, muita confusão, muito trânsito,
muito povo. Almoço no Sheraton e duas horas de compras
no Mercado Municipal: colares de conchas, paréos
e bugigangas afins.
Papeete não nos agradou; pareceu-nos uma cidade incaracterística,
feia mesmo. E depois, para quem vinha de um dia passado
no paraíso de La Moorea, a confusão de uma
cidade, chocou mesmo.
A Polinésia em poucas palavras
Águas quentes, azul turquesa, e depois dos corais,
azul forte, calor, repouso, relaxamento, vegetação
luxuriante, descanso, não fazer nada, pairar na praia,
pairar nas águas do Pacífico, olhar para aquilo,
sem mais nada, paraíso.
Terça, 25
6h 30 - Tahiti-Santiago
Partimos às 19h 50 (hora do Tahiti), para uma viagem
de 8 000km até Santiago do Chile e mais uma noite
a bordo.
Dormimos 3-4h e acordámos todos partidos. Fazem-se
uns alongamentos, anda-se um pouco pelo corredor do avião
e está-se pronto para outra. Isto de estar de férias
dá outro ânimo e um tipo não se chateia
nada de fazer directas ou de dormir pouco porque sabe que,
no dia seguinte, não vai aturar doentes.
O avião voa, agora, a 951 km/h e faltam cerca de
2 000km para Santiago. Desde o Tahiti até à
capital do Chile, é só Oceano, exceptuando
a ilha da Páscoa.
A seguir: Santiago
do Chile
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