Henry James nasceu em Nova Iorque, em 1843 e faleceu em Londres, onde vivia há muitos anos, em 1916. Romancista influente, foi autor de diversos romances: “Daisy Miller”, “O Calafrio”, “Retrato de uma Senhora”, entre outros. Confesso que não li nenhum livro de Henry James; talvez por isso, esta narrativa de David Lodge, sobretudo centrada sobre a tentativa (falhada) de James em se tornar um dramaturgo de sucesso, não me entusiasmou muito.
Numa escrita bastante diferente do que é hábito em Lodge, mais contida, com menos (ou nenhuns) devaneios humorísticos, é traçado um retrato um pouco frívolo do escritor, que passa a sua vida em compromissos sociais e muito preocupado com o sucesso (ou a falta dele) das suas obras teatrais.
James é apresentado como uma figura assexuada, que parece viver obcecado pelo êxito literário do seu amigo Du Maurier, autor de “Trilby”, um romance que hoje deveria ser classificado como literatura “light”. Ambivalente, Henry James parece invejar o sucesso do amigo e, simultaneamente, desprezá-lo, por se considerar superior.
Se conhecesse a obra de Henry James, talvez o livro me parecesse mais interessante…
Quando Davis Lodge escreve livros leves, toda a gente gosta. Quando o mesmo escritor escreve um livro depurado e de qualidade muito superior aos anteriores, não só não vende, como as pessoas não gostam. Duplamente irónico, o livro retrata isto mesmo. As coisas são o que são…
É por estas e outras que o mundo não tomba. Eu achei-o bastante interessante e por causa deste livro li vários do Henry James.
Eu li a versão inglesa e adorei o livro. Que tal é a tradução?
Pareceu-me adequada.