Não te cales, Manuela!

—Já percebi por que razão Manuela Ferreira Leite esteve tanto tempo calada.

Manuela estava apenas a tomar balanço!

E agora, que começou a falar, é bom que não se cale, porque a senhora, apesar daquele ar sério, é de uma comicidade formidável.

Qual Buster Keaton, que fazia os maiores disparates sempre com aquele fácies fechado, Manuela diz, por exemplo, que a decisão de aumentar o salário minimo em 24 euros, “roça a irresponsabilidade” (e a conotação do verbo “roçar” é sempre curiosa…) – e diz, agora, que a construção das grandes obras públicas (aeroporto e TGV) contribuem para resolver os problemas do desemprego… de Cabo Verde e da Ucrânia!

í“ Manuela, a senhora é impagável!

Que boa piada!

Embora se tenha esquecido dos brasileiros. Os nossos irmãos brasileiros imigrados, apesar de preferirem a restauração, o turismo ou outras ocupações alternativas, também trabalham nas obras. Bem como os guineenses, alguns quenianos e mesmo um ou outro marroquino.

Por favor, Manuela – não se cale!

Desde os tempos áureos do Sr. Lopes que não me divertia tanto com a leitura de entrevistas políticas.

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