Praga – música ao fim da tarde

Saímos do hotel í s 9h30 e, antes de chegarmos í  Praça da Cidade Velha, fomos abordados por um sujeito, anunciando um concerto. Depois de conferenciarmos, decidimos comprar bilhetes: 550 coroas cada bilhete, preço especial para famílias, segundo nos disse a senhora da bilheteira. Já temos programa para a tarde.

Prosseguimos em direcção í  ponte. Tempo frio e cinzento, a ameaçar chuva. Ruas ainda com pouco movimento. Depois de atravessarmos a ponte, virámos í  esquerda, para a ilha de Kampa. Passeámos pelo jardim junto ao Moldava. Começou a chuviscar.

Mais í  frente, apanhámos o funicular que, por 120 coroas (para o seis), nos levou até ao cimo do monte Petryn. Lá em cima, o observatório é uma réplica da torre Eiffel, mas com um quarto da altura. Mesmo assim, é preciso subir cerca de 300 degraus para chegar ao topo. Subimos só até ao primeiro patamar, já que a visibilidade era muito reduzida e não valia a pena um esforço tão grande. Mesmo assim, o panorama é soberbo.

Visitámos, depois, o labirinto dos espelhos. Recordámos velhos tempos na Feira Popular de Lisboa, quando a malta se escangalhava a rir, ao ver o seu próprio reflexo deformado pelos espelhos. Era assim que a Europa se divertia, antigamente…

Regressámos ao funicular e fomos almoçar. Comida italiana, novamente, em mais um restaurante simpático. Pizza em forno de lenha, í  vista do cliente.

Regressámos debaixo de chuva, que não incomodou muito. As ruas já estavam pejadas de gente. Na Karluv Most, a Bridge Band tocava jazz. Seis tipos já entradotes, divertiam-se í  brava, indiferentes í  chuva.

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Depois de algum descanso, rumámos í  Old Town House, para assistir ao concerto.

O concerto decorreu no Baroque Library Hall, uma salinha simpática, com capacidade para cerca de 60 pessoas. Os quatro executantes formavam Gli Archi di Praga, chefiados pelo primeiro violino Frantisen Eret. Ao longo de uma hora, escutámos quatro bons executantes, dois violinos, uma viola e um violoncelo, a tocar um Concert of Hits, que incluíram peças de Vivaldi, Mozart, Bach, Handel, Haydn e Schubert. Claro que é um concerto para turistas e os puristas devem achar que isto de tocar apenas alguns trechos de obras famosas do repertório clássico é um sacrilégio, mas a verdade é que foi muito agradável e que este tipo de míni-concertos são bem melhores do que concertos nenhuns.

Na sala, estavam apenas 34 pessoas, o que não impediu que os músicos se empenhassem a fundo e nos tivessem proporcionado bons momentos.

Depois do concerto, passeámos pelas ruelas em redor da Praça da Cidade Velha e fomos jantar. Italiano, outra vez.

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