Gosto destes filmes americanos, com o ritmo lento das grandes planícies e as histórias aparentemente simples de pessoas muito perturbadas.
Billy Bob Thornton faz o papel de Hank, um guarda prisional que trabalha no corredor da morte.
O filho de Hank (Heath Ledger) também lá trabalha, mas não tem estí´mago para aquilo. Um dia vomita, ao transportar um condenado para a cadeira eléctrica e o pai humilha-o, em frente aos outros guardas.
O rapaz suicida-se, com um tiro no peito, sentado no sofá da sala, entre o pai e o aví´ (Peter Boyle), também ele guarda prisional, já reformado, com uma bronquite crónica dependente de oxigénio, racista até í quinta casa.
Halle Berry é Letícia, a mulher do condenado que é frito na cadeira eléctrica. Tem um filho com cerca de 8 anos, mas que pesa mais de 80 quilos e está sempre a comer chocolates. Morre atropelado e, depois disso, Letícia e Hank conhecem-se e acabam por viver juntos.
Ela ganhou um óscar, talvez pelo modo muito competente como o seu corpo serpenteia em cima do de Billy Bob, ou pela expressão de felicidade/sofrimento que ostenta, quando ele lhe faz um minete demorado e, pelos vistos, muito gratificante.
Depois disso, ele vai comprar gelado de chocolate.
Parece-me apropriado…