“Senhor Arcanjo, vamos jantar; caem os anjos no alguidar”*
O José Sócrates, que é engenheiro; há-de sofrer o ano inteiro
O Ministro Teixeira, que é das Finanças; vai para casa, limpar faianças
E o Cavaco, que é Presidente; vai ser eleito mas cai-lhe um dente
E ao Alegre, que é derrotado; cai-lhe a barba num oleado
Fernando Nobre, que confusão; é acusado de obstipação
João Jardim, que alegria!; morre afogado em aletria
Beringelas e couves das hortas; são estrumadas p’lo Paulo Portas
E o bloquista Xico Louçã; vai dar pulinhos como uma rã
O Sr. Pedro Passos Coelho; morre de susto ao ver-se ao espelho
E aquele tipo do PCP; fica quieto, não sei porquê
Quanto ao Sr. í‚ngelo Correia; ai vai levar uma tareia
E a gerência do BPN; não vai dizer iésse ui quéne
E quanto í dívida, que é soberana; fica a dieta, só de banana
E os mercados de capitais; serão dissolvidos em vários sais
O franciú, Sr. Sarkozy; vai para a cama com o FMI
E Angela Merkel, que é muito má; vai limpar lixo com esta pá
O Zapatero, espanholito; mantém-se í tona, mas aflito
E o Berlusconi, italiano; chupa um mamilo, mas por engano
E da Europa civilizada, já resta pouco ou quase nada
“E as quatro filhas do marajá; vão de patilhas beber o chá”*
* “Senhor Arcanjo”, letra e música de José Afonso