“Devorar o Céu”, de Paolo Giordano (2018)

Deste jovem escritor italiano (Turim, 1982), tinha lido há mais de 10 anos, o excelente A Solidão dos Números Primos, obra de estreia.

Foi, portanto, com curiosidade que abordei este novo romance de Giordano e não posso dizer que me tenha desiludido, no entanto, pareceu-me longo de mais e com algumas peripécias desnecessárias.

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O livro é narrado por uma mulher, Teresa, o que não deixa de ser curioso. Penso que não é frequente escritores do sexo masculino escolherem para narradores, alguém do sexo feminino.

Teresa é uma jovem que costuma passar férias com o pai e a avó no sul de Itália. É nessa casa de férias que conhece três rapazes que vivem numa espécie de comunidade religiosa. Teresa vai desenvolver uma forte relação com esses rapazes, sobretudo com Bern, com quem chega a casar.

Os membros dessa comunidade vivem em comunidade com a natureza e, com o tempo, alguns deles radicalizam-se e começam a organizar acções de intervenção, a última das quais acaba mal.

Pelo meio, Teresa e Bern enfrentam um problema de infertilidade, recorrendo a serviços de fertilização in vitro na Ucrânia, e esta é uma das peripécias que me pareceram deslocadas no meio de toda esta história.

De qualquer modo, o romance lê-se com interesse e poderia dar um bom filme.

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