O nosso adorado governo inventou uma taxa sobre os suportes digitais, cujos proventos irão para os bolsos dos autores.
Se comprares um cartão de memória, uma fotocopiadora, impressora, computador, pen, tablete ou telefone esperto, tens que pagar uma taxa porque se parte do princípio que vais copiar uma música, um vídeo, um texto, qualquer coisa da autoria de um artista qualquer que, assim, está a ser roubado!
Portanto, qualquer um de nós se transforma num pirata digital ao comprar uma daquelas coisas.
Desde a dona de casa entesoada que, assim que compra o seu primeiro telefone esperto, vai logo a correr copiar um vídeo do Tony Carreira, que é aquele tipo que canta nas feiras do Continente, até ao velhote que compra um telemóvel, daqueles que tem uns números enormes, só para ligar para o 112 quando tiver o AVC – todos, mas todos, têm que pagar a taxazinha, em prol dos artistas.
O nosso quase-ministro da Cultura, aquele que mais se parece com um membro da Brigada dos Mártires do Crescente Digital, quer assim proteger os nossos artistas e juro que já vi um sorriso de satisfação na cara de alguns deles.
Mas agora falta taxar as Bimby’s – não se esqueçam que também há cozinha de autor!
O nosso quase-ministro da Cultura é que é o Presidente da Junta.