Submarinos, comboios e depilações

Fiquei satisfeito quando vi as notícias de hoje: foram absolvidos todos os 10 arguidos do caso das contrapartidas para a compras dos submarinos.

Como muito bem disse um dos advogados de defesa, o Estado não foi burlado, na medida em que não perdeu nada. É certo que também não recebeu nada em troca da compra dos submarinos, mas também quem é que mandou o Estado ser garganeiro?

Se eu, por exemplo, prometer oferecer um ramo de orquídeasÂ í  minha mulher, se ela me fizer uma boa feijoada e, depois de me alambazar com a feijoada, não lhe der nada, não se pode dizer que estou a burlá-la.

Ela não perde nada – não ganha é o ramo de orquídeas, mas aprende a não acreditar em tudo o que eu lhe prometo.

Assim devia ter feito o Estado!

Além disso, os alemães até nos fizeram o favor de nos vender dois submarinos – para que raio queríamos nós contrapartidas?

E ainda tivemos sorte em não nos terem tirado os submarinos.

Sorte é algo que a CP não tem…

Segundo o Público, “A CP perdeu 27 milhões de passageiros em 4 anos”.

Ora aqui está uma boa razão para nunca mais andar de comboio!

Imaginem entrar num comboio na Damaia e desaparecerem, algures entre o Cacém e Rio de Mouro!

Safa!

Quem não se safou foram as médicas e enfermeiras do H. S. João que se andaram a depilar í  conta da ADSE.

Pelos vistos tinham uma médica amiga, dona de uma clínica onde se tiram pelos com laser, e vai de irem lá depilar-se e, depois, apresentar a conta í  ADSE, como se fossem tratamentos dermatológicos.

Foi um depilar vilanagem!

Convenhamos que, pensando bem, a ADSE bem podia comparticipar a depilação das moças.

Já viram o que é um tipo levar uma injecção de uma enfermeira com buço ou ser auscultado por uma médica com patilhas?!

Que injustiça!

Notícia do DN:

«Quatro homens, com idades entre os 33 e os 49 anos, foram detidos em Lisboa sob suspeita de burla, por prometerem í s vítimas que multiplicariam quantias de dinheiro».

Mas isto não é o que acontece com os nosso governantes?

A gente não entrega aos gajos quantias de dinheiro, sob a forma de impostos, que eles prometem multiplicar?

A notícia esclarece: «que os suspeitos convenciam as vítimas a entregar-lhes “grandes somas de dinheiro em notas de euros, normalmente de 50, 100, 200 ou 500 euros”, sob a promessa de que, com “recurso a líquidos e papéis especiais, conseguiriam multiplicar as quantias que lhes foram entregues”».

Enfim, o mesmo que nós temos feito: entregamos-lhes o nosso dinheiro e eles, com recurso a resgates do FMI, BPN’s, swaps e outros estrangeirismos, fazem com que o dinheiro desapareça.

Por que carga de água uns vão dentro e outros continuam por aí?