The Closer – 3ª série

—A terceira temporada de The Closer não desilude.

Kyra Sedgwick criou uma personagem com traços bem marcados e que ela continua a explorar, de episódio para episódio.

A deputy sheriff Brenda Leigh Jonhson pode ser desorganizada na sua vida privada, mas sabe conduzir um interrogatório de modo a não largar a presa se não quando ela acaba por confessar.

A galeria de personagens secundários também é suficientemente rica para, de vez em quando, fazer deslocar a narrativa para outros protagonistas.

As histórias são credíveis e variadas e o humor é q. b., até porque a própria Brenda Leigh desperta sempre um sorriso, pelo seu comportameno e pela sua pronúncia “saloia”.

Columbo – 3ª série

—Rever Columbo é fazer uma viagem no tempo.

Recuamos até 1971 e recordamos as modas de então, as calças í  boca de sino, as mini-saias, os penteados, os interiores modernaços das casas mas, sobretudo, os espadas!

Que lindos que eram os carros americanos, no fim dos anos sessenta, princípio dos anos setenta. Desnecessariamente enormes! A mala dava para esconder dois ou três cadáveres de americanos grandes. O motor ficava a nadar dentro do compartimento da frente, onde quase cabia um Fiat 600.

Peter Falk inventou um boneco muito bom. Columbo tinha diversas características que o definiam: o charuto sempre na mão e quase sempre apagado, a gabardina amarrotada e encardida, as botas, com muito uso e pó a mais, o fato cor de salmão, acanhado e o carro, contrastando com todos os outros, um Peugeot 403 cabriolet, de 1959, com um motor ruidoso e o ar de quem já percorreu muitos quilómetros.

A série tinha dois grandes trunfos: Peter Falk, claro, e o facto de cada episódio começar sempre com a perpetração do crime e assistirmos, depois, í  desmontagem dos í libis quase perfeitos, graças í  perspicácia insuspeitada de Columbo, í s suas perguntas como-quem-não-quer-a-coisa e ao facto de os criminosos menosprezarem o detective, baseados na sua aparência desleixada.

Uma série de 5 estrelas, mesmo 30 anos depois.