Quem não quer Foday?

Arsenal, Manchester United, Manchester City, Liverpool e Chelsea – todos querem Foday.

Foday é um jovem marfinense, de apenas 13 anos, e que, dizem, joga í  bola que se farta.

Neste momento, Foday está no Birmingham, mas este modesto clube inglês não vai conseguir mantê-lo por muito mais tempo porque os grandes tubarões do futebol inglês cercam o jovem prodígio.

Ora! – dirá o presidente do Birmingham – desde que entre uma boa maquia nos cofres do clube, que se foday!

Sporting lava mais branco!

O Sporting já não sabe que volta há-de dar í  coisa.

Não consegue ganhar campeonatos nem í  lei da bala!

Por isso, este ano, decidiu contratar um jogador indiano que reúne duas qualidades inegualáveis: uns estonteantes 165 centímetros de altura e a capacidade de tirar todas as nódoas.

O homem chama-se Sunil Chhetri e faz-me lembrar este anúncio…

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Champanhe para os sem-abrigo

Primeiro, vamos situar a coisa:

O Gil Vicente é um clube de futebol da cidade de Barcelos.

O seu presidente chama-se António Fiúsa.

O Gil Vicente vai hoje jogar a sua primeira final de uma grande competição – a Taça da Liga.

O jogo é contra o Benfica.

Situada a coisa, vamos agora ouvir as palavras sábias de Fiúsa:

«Pertenço a um associação e se trouxermos a taça para Barcelos, prometo, durante oito dias, oferecer champanhe aos sem-abrigo que vão almoçar a essa associação, í  volta de 40 pessoas carenciadas».

Fiúsa é sempre a abrir!

Quais dar um par de sapatos novos, um cobertor ou uma samarra a cada sem-abrigo!

É champanhe e do melhor, que Fiúsa logo acrescentou que tinha que ser do melhor, um “moet chandonzinho”, como ele sublinhou!

E acrescentou:

«Se ganharmos vamos almoçar um leitão e beber um Moet & Chandon, dos melhores champanhes que há!»

É este o conceito de felicidade do presidente do Gil Vicente: leitão e champanhe!

Mas estas afirmações do Fiúsa colocam muita pressão sobre o Benfica.

É que se o Benfica, desgraçadamente, ganha a taça, os sem-abrigo não terão o privilégio de saborear o Moet & Chandon e vão continuar a ter que emborcar a zurrapa de um espumante qualquer!

 

O nosso não é um Jesus a sério!

O nosso Jesus não sabe expulsar os fariseus.

Quando tem que os enfrentar, retrai-se, encolhe-se e leva na cabeça.

Em três anos de Jesus, nunca enfrentámos os nossos demónios como deve ser; foi sempre a medo. E mesmo quando ganhámos, foi í  rasca, a coçar para dentro.

O nosso Jesus tem medo de morrer e não ressuscitar ao terceiro dia. Não confia no pai. Nunca se deixa cair em tentação.

É um Jesus fraco.

E í s vezes, inventa, mesmo quando já tudo está inventado.

É certo que nos proporcionou alguns momentos de alegria mas está na altura de ir treinar para o Dubai ou para a Arábia Saudita, onde o seu penteado será muito apreciado.

Quanto a nós, agradecíamos alguns reforços a sério.

E um novo Profeta.

Djaló, afinal, é benfiquista

Djaló diz que sempre foi benfiquista.

Lembram-se do Cadete?

Também tinha o Benfica no coração.

Aliás, também tinha o Sporting e o Celtic (?) no coração.

Tinha, obviamente, hipertrofia do músculo cardíaco.

Paulo Bento também é benfiquista, como Carlos Martins e Domingos Paciência, José Sócrates, o Barbas, Mário Soares, o meu primo Fernando e Xanana Gusmão.

Pois se o Benfica tem cerca de 6 milhões de adeptos!…

Agora, o Djaló… com aquele penteado… com aqueles brincos… com aquela esposa…

Djaló é tão benfiquista como o João Pinto era sportinguista e o Passos Coelho é cavaquista…

IVA (cada vez mais) terrível

A Assembleia da República aprovou as novas taxas de IVA para alguns espectáculos.

Por exemplo: espectáculos musicais vão pagar 13%, enquanto jogos de futebol pagarão 23%.

Acho mal.

O IVA é o imposto mais injusto que existe.

O rico e o pobre pagam o mesmo IVA pelo pão.

Do mesmo modo, não é justo que eu pague 23% para ir ver o Benfica jogar e, se me der um amoke, for ver o Porto jogar, pago os mesmo 23%. Claro que, se eu for ver um jogo do Porto, por qualquer doença neurológica degenerativa de início súbito, devia pagar 50% de IVA.

Pior ainda: pagar 13% para ver o Tony Carreira e 23% para ir ver o Benfica?

Onde está a justiça?

Ir í  bola

Ver futebol sentado no sofá é, desde há muito tempo, um dos meus desportos favoritos.

Mas não há nada que chegue a ver um jogo em directo, sentado nas bancadas do magnífico Estádio da Luz.

Ontem fomos ver o Benfica ganhar ao Paços (só com um ésse) por 4 a 1.

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Ver mais de 30 mil pessoas a agitar os cachecóis vermelhos e a gritar Benfica! Benfica! supera – em muito – o facto de não podermos ver as repetições dos golos…

Além disso, da bancada, parece que o árbitro se engana mais vezes, o que nos permite chamar-lhe vários nomes, entre os quais se destacam o de gatuno, palhaço e Alberto João…

Por que não esmagámos o Naite?

Confesso que estava í  espera que o Benfica fosse esmagado ontem.

Temi que os Red Devils viessem por ali abaixo, ludibriassem o Emerson, atrapalhassem o Máxi, baralhassem o Luisão e desfeiteassem o Artur várias vezes.

Pensei mesmo que o Benfica perderia, pelo menos, por cinco.

E afinal, nada disso!

Podemos até dizer que o empate até foi lisonjeiro para o Manchester.

Mas só depois do jogo terminado é que percebi o que, de facto, se passara.

Jesus explicou tudo.

E disse que o Benfica jogara taco a taco com o Naite.

AH! Aquela equipa, afinal, não era o Manchester – era o Naite!

Assim, está tudo explicado!

Sport ONU e Benfica

Vi ontem o primeiro jogo de preparação do Benfica.

Para além do resultado, que pouco importava, dado o miserabilismo do adversário, o que interessava era ver como jogavam as novas aquisições.

Confesso: eram tantas as novidades que já me lembro dos que jogaram bem e dos que jogaram menos bem…

Fiquei, porém, com a impressão que o Benfica é assim uma espécie de Nações Unidas, com representantes de todos os países. Se não me engano, só lá faltam jogadores do Burkina Faso e do Sudão do Sul, país recentemente criado.

E portugueses, claro…

 

Benfica Campeão!

Há uns tempos, a Maria João dizia ao Pedro, no Facebook, a propósito do Census, que achava estranho Benfica não aparecer em Religião.

E o Pedro respondeu que Benfica não é Religião, mas sim nacionalidade.

É bem verdade: o Benfica confunde-se com a Nação.

É por isso que é estranho que o campeonato nacional seja ganho por um clube regional.

Mas enfim… Campeão é sinónimo de Benfica ou, por outras palavras, no que respeita ao Benfica, “campeão” é um adjectivo – porque Benfica é, e será sempre, substantivo!

Só que, por vezes, o Benfica decide não exercer a sua qualidade de campeão, como aconteceu este ano.

Do alto da sua magnanimidade, o Benfica deixa, por vezes, que outros pequenos clubes usem as faixas de campeões.

Aconteceu ontem, na Luz, com aquele clube com a camisola í s riscas.

E tão felizes que eles ficaram, pobrezinhos!…

Depois, a luz apagou-se na Luz. Porquê?! Perguntaram os tipos das riscas.

Enfim, como disse alguém: Jesus era carpinteiro, não era electricista…

Desligaram-se as luzes e ligaram-se os aspersores.

Como disse o Pedro: foi pena que, em vez de água, não tivesse saído alcatrão. Depois, era só cobri-los de penas… de águia…

Ou talvez fosse um desperdício…

Hoje í  noite, o telejornal mostrou imagens dos adeptos do Porto a festejarem a vitória, um pouco por todo o mundo: muitos adeptos na cidade do Porto, três tipos em Bruxelas, cinco em Genebra, dois em Luanda… e, assim de repente, não me lembro de mais nada.

Tristes campeões em tempos de crise!…