Quem se lembra da Samantha?
Em 1986, um jogo de strip poker permitia-nos despir a Samantha quase toda. Para ela ficar com as maminhas í mostra, era preciso estar um bom bocado de volta do computador, até conseguir que ela tirasse a roupa.
Samantha foi um ícone dos anos 80, com o seu grande êxito “Touch Me”, acompanhado do sugestivo subtítulo “I Want Your Body”.
Também participou em alguns filmes pornográficos (não vi nenhum) e gravou seis álbuns (não ouvi nenhum), mas ficou mais conhecida pelos posters que forravam as paredes de muitos adolescentes desse tempo.
Pois a Samantha está viva e de boa saúde. Com 46 anos, foi convidada para actuar na inauguração do Naturewaterpark, perto de Vila Real.
Em entrevista ao DN, quando lhe perguntaram se ainda era um sex symbol, respondeu, toda atrevidota: «claro que sim, não se nota? Tudo no sítio, e espero continuar a ser sex symbol por mais alguns anos. Sinto-me jovem e bonita.»
Assim é que é, Samantha! Alto astral!
Mas, perguntarão, o que tem a Samantha a ver com o ministro das Finanças, Vitor Gaspar?
Será que eu considero o Gaspar um sex symbol?
Será que eu era capaz de passar horas, em frente ao computador, a tentar despir o ministro, num jogo de strip poker?
Não! De modo nenhum!
Mas Samantha e Gaspar têm algo em comum.
Na citada entrevista, a Samantha diz: «Vou contar-lhe um segredo: os fãs que estão mais próximos do palco, quando o concerto começa, pedem o tema (Touch Me) e fazem o gesto com as mãos de tentarem tocar-me no peito. Mas logo lhes respondo: “Vamos guardar o melhor para o fim”. E no fim não têm direito a nada!»
É nisto que Gaspar é igual a Samantha: promete-nos cortes na despesa e, afinal, atira-nos com mais impostos.
No fim, não temos direito a nada!