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Joana Amaral Dias deu o mote para campanha eleitoral ao posar nua, com um gajo a agarrá-la por trás.
Fartos de comícios, arruadas, debates, cartazes e outras tretas, os portugueses aplaudiram.
Logo os restantes líderes políticos decidiram seguir o exemplo da Joana.
E assim, a Catarina Martins vai-se deixar fotografar nua, com a Mariana Mortágua a agarrá-la por trás.
Jerónimo Sousa deixar-se-á fotografar, todo nu, com a classe operária por trás.
António Costa já se está a despir para ser fotografado com o António José Seguro atrás dele.
E, finalmente, como seria de esperar, Passos Coelho, nu, será fotografado com Paulo Portas a agarrá-lo por trás.
Alguém já se lembra do Varoufakis?
E do Vítor Gaspar?
Neste mundo da alta finança, os ministros das Finanças sobem alto mas caem depressa.
A careca, a mota, a mochila e a pretensa insolência de Varoufakis depressa foram esquecidas e Tsakalotos ocupou o seu lugar; embora sem gravata, sempre é considerado mais convencional pelo ministro das Finanças portador de deficiência, Schauble.
Será suficiente para manter a Grécia no euro?
Pelos vistos, quer a Alemanha, quer a Finlândia, estão desejosas de desagregar a Grécia.
Gregos desagregados.
Chamam-lhe “Grexit”, por que carga de água?
“Exit” é saída, em inglês, mas a Inglaterra nem sequer está no euro;Â ou será êxito?
A saída da Grécia será, afinal, um êxito?
Saltar para fora do euro, como?
í€ vara?
Saltar í Vara é um desporto socialista, que o diga o Armando.
Armando Vara ou armando barraca?
Armando é gerúndio – nunca fica resolvido.
Ele lá vai armando í sua volta uma teia que vai deitando outros abaixo, primeiro os Penedos, agora o Sócrates (a Grécia, sempre a Grécia…)
Claro que vara também é um conjunto de porcos, mas não é caso.
O caso é que tudo isto vai degradando o Costa, pior, muito pior do que o mar, que também vai lixando a Costa da Caparica.
O Costa, o António, bem vai dizendo que acredita na justiça, que não tenciona tornar a visitar Sócrates (o português, não o grego), que nem sabe bem quem é o Vara (e vai-se Armando em parvo…), mas o que é certo é que a erosão lá o vai atacando…
Mas há Costas mais fortes, como o Pinto, por exemplo.
Apesar dos anos, dos ventos e das marés, esse Costa, em vez de se erodir, parece querer erguer-se das cinzas.
Contratou agora o Casillas para guarda-redes e vai-lhe pagar mais de 200 mil euros por mês.
Limpos.
Limpos porque, nestas contratações, a sujidade não existe.
Branqueamento de capitais (transformar Dakar em Paris), é crime.
Próprio de outras modalidades desportivas.
Do salto í Vara, por exemplo?
Sócrates (o português) e Vara (o Armando), gritam: e nós é que estamos presos?!
E Tsipras (o grego) pergunta: esse Costa (o Pinto, não António, o erodido), não nos poderia emprestar algum dinheiro?
O Syriza está na moda.
A comunicação social, sempre com aquela tendência tabloidizante, inunda-nos de informações irrelevantes sobre a actualidade grega, e pouco ou nada nos diz sobre as questões de fundo.
O que interessa é sabermos que o Tsipras não quis jurar sobre a bíblia, para além de teimar em não usar gravata; informam-nos, também, que o governo cessante, o de Samaras, abandonou o Palácio governamental, deixando tudo vazio, nem sequer deixou a password para o wi-fi e, nas casas de banho, nem sabonetes havia!
Como se vê, tudo informações importantes para perceber o fenómeno Syriza.
Afinal, o que quer o Syriza de diferente?
Segundo o nosso inteligente primeiro-ministro, o que eles queres é um “conto de crianças“, assim uma espécie de história da Carochinha porque, disse Coelho, como “é possível que um país, por exemplo, não queira assumir os seus compromissos, não pagar as suas dívidas, querer aumentar os salários, baixar os impostos e ainda ter a obrigação de os seus parceiros garantirem o financiamento sem contrapartidas?”.
Por outras palavras: segundo o Coelho, o programa do Syriza será não pagar dívidas, aumentar os salários e baixar os impostos.
E isso é mau?
O que Coelho tem é inveja!
Portanto, o que há a fazer é Syrizar Portugal.
Apear o Passus Coelhanis, transformar o PS, o Bloco e o Livre, não em Syriza, mas em Cereja (Coligação da Esquerda Realista Embora Já Anquilosada), eleger o Antonius Costakis e convidar o Louçanikis para ministro das Finanças.
Merkel teria o enfarte.
Não se passa nada.
Neste país em que os ministros pedem desculpa e continuam tranquilamente a ocupar os seus lugares, não se passa nada.
No PS, o Seguro deu í Costa.
Levou uma abada de 70 a 30%, meteu-se no carro com a família e nunca mais apareceu no emprego.
Mas Costa tem as costas largas e já arranjou cargos para alguns dos apoiantes de Seguro.
O PS é uma grande família feliz, só lhe falta o arroz chow chow.
Por outro lado, o Bloco está a desbloquear-se.
Aos poucos vai-se desfazendo em pequenos bloquinhos.
Quanto í quele advogado que é dois, Marinho & Pinto, parece que vai fundar um novo Partido amanhã, para comemorar o 5 de Outubro, enterrando o da Terra.
Eleito para o Parlamento Europeu, quer é as legislativas ou até ser Presidente, Dono Disto Tudo!
Por falar em DDT, o ex-presidente do BES, Salgado, apimentou esta semana com a revelação de cenas que se passaram em reuniões do Grupo Espírito Santo.
Segundo revela o i, a empresa que vendeu os submarinos a Portugal, untou a família Espírito Santo e não só.
Foram 30 milhões ao todo, mas 10 milhões ficaram nas mãos dos advogados.
Dos restantes 20 milhões, 5 milhões ficaram com a família ES (um milhão por cada um dos cinco ramos) e os restantes 15 foram repartidos pelos três administradores alemães e por uma sexta pessoa.
Claro que toda a gente quer saber quem é esta sexta pessoa que não é o Paulo Portas.
Nem pode ser o Portas porque a Comissão de Inquérito do Parlamento já chegou í conclusão de que não houve nada de ilegal na compra de material de guerra, incluindo os submarinos.
A relatora da Comissão, Mónica Ferro, apresentou-se aos jornalistas com um calhamaço de mais de 400 páginas e garantiu que nenhum membro do governo se abotoou com nenhuma gorjeta nesta história toda.
A Mónica é de Ferro!
Sobre isto, Portas nada diz.
Anda ocupado a pensar como há-de convencer Passos Coelho a descer o IRS, mas Passos tem andado ocupado a procurar os recibos do ordenado que não recebia quando não trabalhava para a Tecnoforma, no tempo em que não estava em exclusividade no Parlamento.
Enfim, em Portugal não se passa mesmo nada!
Os resultados das eleições europeias sugerem-me as seguintes perguntas:
– O Seguro vai morrer de velho?
– Marinho e Pinto é dois?
– Se, em vez de se chamar Movimento do Partido da Terra, se chamasse Partido do Movimento da Terra, não seria o mesmo que Partido do Terramoto?
– E não foi isso que aconteceu com a votação do MPT – um terramoto?
– O Bloco bloqueou?
– Dos três deputados da CDU, que parte cabe aos Verdes: as pernas do 3º deputado?
– A Aliança Portugal é pechisbeque?
– O Garcia Pereira não há meio de Reorganizar o Partido do Proletariado?
– Marinho é diminutivo?
– O PS está triste pela vitória e o PSD-CDS está eufórico com a derrota?
– Ninguém tem coragem de divulgar os nomes dos 3 692 tipos que votaram na Carmelinda Pereira?
– O Seguro está bem seguro?
– E o António Gosta?…
Esse grande sintrense que, agora, afinal, diz que é um alfacinha de gema, explicou qual é a grande diferença entre a sua candidatura e a de António Costa: a ternura!
Com efeito, Fernando Seara afirmou que é a «dedicação í s pequenas coisas» que o distingue de Costa e prometeu que, caso seja eleito, vai «dar afecto í s pessoas».
Portanto, já sabe: se vive em Lisboa e se tiver o azar de passar a ter Seara como presidente da Câmara, prepare-se para ser lambuzado de beijinhos, afogado em festinhas e asfixiado com abracinhos deste simpático careca.
Recém-separado da sua esposa Judite, Seara deve estar carente e vai vingar-se nos munícipes da capital.
Coitados! Não queria estar na vossa pele!…
Nota: A toponímia é uma das características autárquicas. Portanto, Costa como candidato a Lisboa, está correcto – agora, o Seara, devia ser candidato em Beja, por exemplo…
É uma pena Santana Lopes ser apenas candidato í Câmara de Lisboa. Ele devia era ser candidato a primeiro-ministro novamente. A diversão era garantida.
Segundo o Pí¹blico de ontem: “Santana acusa Costa de aliciar noctívagos”.
O Sr. Lopes acha que a decisão de António Costa, de alargar o horário dos bares do Bairro Alto até í s 3 da manhã, tem como única intenção ganhar votos.
Sr. Lopes: pense!
Os moradores do Bairro Alto, por causa do barulho e da confusão, são muito capazes de ficarem tão chateados com o António Costa que não vão votar nele…
E a maior parte da malta que frequenta os bares do Bairro Alto não vive nem vota em Lisboa.
Logo: a decisão do Costa só pode beneficiar o Sr. Lopes, ou não?…