O melro

Sabem quem é Daniel Campelo?

É aquele senhor deputado do CDS, que ficou conhecido por ter votado a favor de um Orçamento do governo de Guterres – o famoso Orçamento limiano.

Assim chamado porque Campelo era presidente da Câmara de Ponte de Lima, terra do queijo limiano.

Pois esse senhor é agora secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural – isto é, secretário de Estado de Coisa Nenhuma, já que florestas e desenvolvimento rural, são coisas que cá não há…

E foi ele, sagaz, que anunciou ter retirado o melro da lista das espécies cinegéticas.

A partir de agora, é proibido caçar melros!

Mais uma contundente medida deste governo, no sentido de diminuir a despesa pública!

De Monteverde a Manuel António

O Interbus faz a ligação entre os vários hotéis dos vários lugares turísticos da Costa Rica. São carrinhas com 9-11 lugares, o que torna as ligações mais rápidas e baratas.

O interbus que nos foi buscar de Monteverde até ao Hotel El Parador, em Manuel António, demorou 4 horas, a primeira hora das quais numa estrada incrível, de terra batida, cheia de buracos e pedras rolantes, montanha acima, montanha abaixo.

Pelo caminho, vimos um tucano de bico arco-íris, araras lindíssimas, uma iguna no meio da estrada, indiferente ao trânsito, e, finalmente, o Pacífico, com praias a perder de vista.

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Manuel António fica 6 km depois de Quepos, no cimo de uma colina que domina o oceano.

Ao longo da íngreme colina, outra vez com estrada de terra batida, hotéis, lodges, pensões, cabinas, apartamentos, um frenesim de construção que acaba por transformar este local paradisíaco num frenesim turístico.

O hotel El Parador é espectacular e é só é pena que tudo isto seja construido í  custa da destruição da floresta.

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Reserva Biológica de Monteverde

Chega-se í  Reserva Biológica de Monteverde por uma sinuosa estrada de terra batida. São 105 km2 de floresta, a 1500 metros de altitude, temperados por neblinas quase constantes, alimentados pelos ventos húmidos do oceano.

Dizem que existem, aqui, cerca de 150 espécies de répteis e anfíbios, 500 espécies de borboletas, 100 espécies de mamíferos, 400 espécies de pássaros, incluindo 30 de colibris – mas a vida animal é difícil de detectar, devido í  densidade da folhagem e ao porte esmagador das árvores.

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Um dos pássaros que aqui vive está em vias de extinção. É o famoso quetzal, que os índios pensavam ser descendente do deus Quetzalcoatl.

O quetzal é, de facto, um pássaro espectacular, com penas de cores iridiscentes, cuja tonalidade varia consoante a incidência da luz solar.

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Os colibris vêem-se melhor, graças a um truque. Colocam-se diversos bebedouros cheios de água com açúcar e é vê-los virem, em hordas, batendo as asas, para chuparem a gulodice.

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A Selvatura, a cerca de 6 km da Reserva, é uma espécie de parque temático sobre a floresta. Ocupando uma extensa área da floresta nebulosa, tem, como atracções, um borboletário, um reptilário, uma exposição de insectos, tirolinas e pontes suspensas.

As oito pontes suspensas, fornecem um passeio de cerca de 2 horas.

As pontes suspensas são uma maneira óptima de ver a floresta porque ficamos ao nível das copas de muitas árvores, embora ainda bem longe de muitas outras.

Algumas das pontes estão a cerca de 60 metros de altura e têm í  volta de cem metros de comprimento.

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A fauna e a flora de Tortuguero

A diversidade da fauna e flora do Parque nacional de Tortuguero é enorme e a melhor maneira de a explorar é de barco, passeando lentamente pelos rios e canais, logo pelas 6 da manhã e, depois, ao fim da tarde.

Para além de uma infinidade de pássaros, podemos ver macacos-aranha e macacos-uivadores, saltando de árvore em árvore,  iguanas, insectos estranhíssimos, borboletas, caimões e muitas variedade de lagartos.

No que respeita í  flora, surpreende sempre a complexidade das flores.

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Parque Nacional Tortuguero

O Parque Nacional  Tortuguero foi criado exactamente para proteger as praias onde as tartarugas vão desovar, entre Junho e Novembro.

De 1966 a 1974,  foi construído um sistema de canais que ligam, entre si, os rios Colorado, Parismina, Pacuaré, Rebentazon e Tortuguero. Forma-se, assim, uma estrada aquática com cerca de 100 km.

O Parque Tortuguero estende-se, ao longo da costa do Caribe, por 22 km.

Viaja-se de San José até Caí±o Blanco, já na costa do Mar das Caraíbas, ao longo de 150 km de estrada asfaltada, com muitas curvas e contra-curvas, atravessando o Parque Nacional Bráulio Carrillo, com vegetação luxuriante.

í€ beira da estrada, uma planta com folhas enormes, é conhecida como “chapéu de chuva dos pobres”, já que cada uma das folhas pode abrigar duas ou três pessoas.

Já perto da costa atlântica, começam as plantações de bananeiras, a perder de vista. Muita floresta tropical tem sido sacrificada para se plantarem bananais. A Costa Rica é o segundo maior exportador mundial de banana e todos nós já vimos o famoso sêlo da Chiquita banana.

Curiosa,  a forma como os trabalhadores transportam os cachos de bananas, desde a plantação até ao local onde são escolhidas e embaladas. Cada homem puxa uma série de cachos, que se deslocam ao longo de um cabo de aço.

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Em Caí±o Blanco, apanha-se uma lancha que, nos leva até ao Pachira Lodge, através do rio Parismina e dos canais. São 50 km e hora e meia de caminho, seguindo paralelamento ao Caribe, com crocodilos ao fundo.

Tortuguero é uma pequena vila, com cerca de mil habitantes, situada na estreita faixa de terra que fica entre o canal e o Caribe. Claro que não tem estradas, nem carros. Só lá se chega de barco.

Quando se chega a Tortuguero, vindos do canal, o embarcadouro é dominado por uma praça que exibe duas grandes estátuas de um pelicano e de um papagaio; em redor, estátuas mais pequenas de sapos e tartarugas. Mas não são estátuas realistas – são antes representações infantis daqueles animais, pintados com cores berrantes, assim como os bancos e as mesas, também existentes na praça.

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A aldeia de Tortuguero estende-se ao longo de uma única rua, ladeada de casas térreas, de madeira. No ar, um cheiro adocicado (das flores? de alguma erva que faz rir?). Ali í  frente, um negro, com a barba bem desenhada (todos usam barbas bem desenhadas, muito cool), deitado numa rede, ouve rap, com o volume sonoro no máximo, acenando para os turistas. Tá-se bem no Caribe!

Muitas lojas de souvenirs, com os mesmos produtos desinteressantes. Dezenas de pássaros cruzam os ares, de árvore em árvore.

Os habitantes de Tortugero, ao fim da tarde, já não têm nada para fazer. Já pescaram, já passearem os turistas, por isso, agora, passeiam eles, ociosos, alguns de bicileta sem travões. Travar para quê? Tudo aqui anda devagar, menos os pássaros, que voam, velozes, por todo o lado.

Alia ao lado, a praia de areia cinzena, vulcânica, é onde as tartarugas desovam.

Agora, não há tartarugas í  vista. Apenas o oceano, incessante.

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E Setúbal aqui tão perto…

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Setúbal, vista da Fortaleza de S. Filipe, mandado edificar por Filipe I, em 1582. Tem a forma de uma estrela irregular, com seis pontas. Lé de cima, esplêndida vista sobre a cidade, o Sado, o Oceano e Tróia.

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Junto a uma das docas, um bando de gaivotas luta por despojos de peixe de um restaurante ribeirnho.

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A Casa das Quatro Cabeças (século XV), na antiga Rua Direita do Troino, no bairro dos pescadores, originários do Algarve.